quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Argentina põe Globo de cabelo em pé!

Fonte: http://www.ocafezinho.com/2013/10/30/argentina-poe-globo-de-cabelo-em-pe/

A Suprema Corte da Argentina declarou nesta terça-feira (29/10/2013) a constitucionalidade de quatro artigos da “Ley de Medios” que eram contestados pelo Grupo Clarín. Com esta decisão histórica, o governo de Cristina Kirchner poderá finalmente prosseguir com a aplicação integral da nova legislação, considerada uma das mais avançadas do mundo no processo de democratização da comunicação. A decisão representa um duríssimo golpe nos monopólios midiáticos não apenas na vizinha Argentina. Tanto que a TV Globo dedicou vários minutos do seu Jornal Nacional para atacar a nova lei.
Pelas regras agora aprovadas pela Suprema Corte, os grupos monopolistas do setor serão obrigados a vender parte dos seus ativos com o objetivo expresso de “evitar a concentração da mídia” na Argentina. O império mais atingido é o do Clarín, maior holding multimídia do país, que terá de ceder, transferir ou vender de 150 a 200 outorgas de rádio e televisão, além dos edifícios e equipamentos onde estão as suas emissoras. A batalha pela constitucionalidade dos quatro artigos durou quatro anos e agitou a sociedade argentina. O Clarín – que cresceu durante a ditadura militar – agora não tem mais como apelar.
O discurso raivoso da TV Globo e de outros impérios midiáticos do Brasil e do mundo é de que a Ley de Medios é autoritária e fere a liberdade de expressão. Basta uma leitura honesta dos 166 artigos da nova lei para demonstrar exatamente o contrário. O próprio Relator Especial sobre Liberdade de Expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, já reconheceu que a nova legislação é uma das mais avançadas do planeta e visa garantir exatamente a verdadeira liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade dos monopólios midiáticos.
Aprovada por ampla maioria no Congresso Nacional e sancionada pela presidenta Cristina Kirchner em outubro de 2009, a nova lei substitui o decreto-lei da ditadura militar sobre o setor. Seu processo de elaboração envolveu vários setores da sociedade – academia, sindicatos, movimentos sociais e empresários. Após a primeira versão, ela recebeu mais de duzentas emendas parlamentares. No processo de pressão que agitou a Argentina, milhares de pessoas saíram às ruas para exigir a democratização dos meios de comunicação. A passeata final em Buenos Aires contou com mais 50 mil participantes.
Em breve será lançado um livro organizado pelo professor Venício Lima que apresenta a tradução na íntegra da Ley de Medios, além dos relatórios Leveson (Reino Unido) e da União Europeia sobre o tema. A obra é uma iniciativa conjunta das fundações Perseu Abramo e Maurício Grabois e do Centro de Estudos Barão de Itararé e visa ajudar na reflexão sobre este assunto estratégico no Brasil – hoje a “vanguarda do atraso” no enfrentamento da ditadura midiática.
 
Leia sobre os 4 artigos declarados constitucionais no link abaixo:

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#CristinaKirchner, #Argentina, #LeydeMedios, #Clarín

"Só quero morar com dignidade", diz Benito Di Paula

Fonte: http://agoraetarde.band.uol.com.br/blog-post/100000641067/so-quero-morar-com-dignidade-diz-benito-di-paula.html

O compositor da MPB fala sobre o risco de perder sua casa no Morumbi para ser construído o metrô no bairro. "É uma sacanagem, cara de pau e depois eles vêm pedir voto para a gente", declara. "Vocês que são jovens tem que prestar muita atenção, tudo que eles falam é mentira. O voto é livre e o resto a gente faz".

O que preocupa Benito atualmente é a idade, já que está velho para voltar à estaca zero. "Se eu fosse jovem para recomeçar, estava cagando e andando. Mas agora não dá". Além disso, sua casa está estimada em cinco milhões de reais e não é o valor que vai receber pelo imóvel. "Vão pagar uma merreca pela casa que vale muito mais", diz revoltado.

Benito não se preocupa apenas com a própria situação e ressalta que as pessoas de Paraisópolis também serão prejudicadas. "Eu só quero morar com dignidade. O que importa mesmo é quem precisa desse metro e não tem acesso", diz.
Benito di Paula é o convidado do Agora é Tarde desta terça-feira, dia 29 / Marina Caminada/Band
 
#BenitodiPaula, #Paraisópolis

Votorantim tem 11 obras públicas paradas ou atrasadas

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/09/votorantim-tem-11-obras-publicas-paradas-ou-atrasadas.html
 
Cerca de R$ 34 milhões dos cofres públicos foram investidos.
Atraso em algumas obras está relacionado ao repasse de recursos.

Investimentos de R$ 34 milhões foram feitos em 11 obras públicas em Votorantim (SP), que estão atrasadas ou paradas. São creches, escolas, unidades de Pronto Atendimento e piscinões para evitar enchentes. As obras, iniciadas na administração passada, já deveriam ter sido entregues aos moradores.
Na placa fixada em frente a a construção da creche da Vila Ondina, a data de entrega é clara: março de 2013. Apesar da data já ter expirado em seis meses, a obra ainda está em construção e, mesmo assim, no local trabalham poucos operários. A unidade de educação infantil deveria receber crianças de 500 famílias da região e a obra está avaliada em quase R$ 870 mil.
No Parque Jataí, mais um canteiro de obras sem maquinário em operação e muito menos trabalhadores. A obra, que consiste na construção de três piscinões para o controle de cheias, também está atrasada e deveria ter começado em agosto do ano passado, mas foi iniciada só neste ano. Com isso, o prazo de entrega previsto para julho já expirou e as primeiras chuvas já começaram.
No mesmo bairro, a poucos metros da obra dos piscinões, está a nova Unidade de Pronto Atendimento da cidade, que vai custar aproximadamente R$ 2,4 milhões. A construção está em andamento, mas a UPA deveria estar funcionando desde março deste ano.
Segundo o secretário de obras e urbanismo da cidade, Marco Pontes, o atraso em algumas obras está relacionado ao repasse de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Segundo ele, contratos com construtoras também foram rescindidos por causa da demora na construção.
Ainda segundo o secretário, das 11 construções, oito estão atrasadas e três completamente paradas. Nestas, a prefeitura estuda a convocação das empresas que ficaram em segundo lugar nas licitações. E ainda não está descartada a possibilidade de abertura de novos pregões, como é o caso da obra da creche da Vila Ondina.
Sobre os piscinões, Pontes explica que houve atraso por causa das licenças ambientais, mas as obras seguem normalmente. Em relação a Unidade de Pronto Atendimento, 77% da obra está feita e a previsão de entrega é no início do ano que vem. A prefeitura ainda não fez um levantamento do custo a mais gerado pelos atrasos ao final das obras e também não deu novos prazos para a conclusão das outras construções que ainda não foram entregues.

Votorantim tem 11 obras públicas paradas ou atrasadas (Foto: Reprodução/TV TEM)
Votorantim tem 11 obras públicas paradas ou atrasadas (Foto: Reprodução/TV TEM)
 
#Votorantim, #obraspúblicas

CPI culpa ex-prefeito Vitor Lippi por obras paradas em Sorocaba

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/09/cpi-culpa-ex-prefeito-vitor-lippi-por-obras-paradas-em-sorocaba.html

Documento será enviado ao prefeito Pannunzio e ao Ministério Público.
 
Após cinco meses, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras Paradas em Sorocaba (SP) concluiu seus trabalhos e aprovou nesta quinta-feira (19) o relatório apresentado pelo vereador Marinho Marte (PPS), que aponta o ex-prefeito Vitor Lippi (PSDB) como principal responsável pelos atrasos e paralisações em 48 obras públicas.
Falhas e irregularidades foram encontradas em obras da prefeitura e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). De acordo com o texto, os principais problemas foram erros nos contratos e licitações e falta de controle pelas secretarias municipais.
O relator ainda sugeriu que houve uso eleitoral no lançamento de algumas obras – Lippi apoiou o atual prefeito, Antônio Carlos Pannunzio (PSDB). “Houve um desespero e foram usados recursos públicos para ajudar a eleger o sucessor”, disse Marinho Marte.
O presidente da CPI, José Caldini Crespo (DEM), disse que o relatório será encaminhado a Pannunzio, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado. “Foram verificados problemas gravíssimos, provavelmente criminosos”, explicou. O texto será apresentado ao plenário da Câmara na próxima quinta-feira (26).
Lippi esteve entre os 32 ouvidos durante a investigação, assim como secretários e ex-secretários, além de representantes do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que financiaram algumas das obras. O ex-prefeito não foi encontrado pela reportagem para comentar o relatório, e a Secretaria de Governo e Relações Institucionais disse que a prefeitura ainda não havia sido comunicada sobre o teor do relatório.

Pilastras da arena esportiva multiuso que está sendo construída em Sorocaba (Foto: Roberto Menna/PMS)Arena esportiva multiuso é uma das 48 obras atrasadas citadas na CPI (Foto: Roberto Menna/PMS)
 
#AntônioCarlosPannunzio, #VitorLippi, #Sorocaba 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Os black blocs e a sova no coronel da PM

Grupo de mascarados buscam chamar a atenção e mudar a agenda política pelo “teatro da violência”, diz filósofo


95% da população paulistana diz que é contra a ação dos Black Blocs. É o número alcançado pela pesquisa de parte da imprensa, no dia em que um coronel da PM tomou umas bordoadas de mascarados que, dizem as vozes oficiais, foram de black blocs.
Os black blocs atuam antes com o “teatro da violência” que com a violência propriamente dita - não só agora, mas sempre foi assim no movimento anarquista. Os black blocs são um movimento de caráter libertário, e nada tem de fascista.

Gabriela Bilo/Futura Press
Black bloc em protesto no centro de SP

Mesmo no dia da pisa que deram no coronel da PM (eram mesmo black blocs?), ainda assim foi uma ação limitada, pois o coronel ficou indefeso no chão e deixaram-no ir embora. Caso fosse uma violência pela violência, uma violência de bandidos, ele não teria saído dali. O que ocorreu é que ele é um despreparado, e voltou desonrado para o seu batalhão. Perdeu a arma para civis desarmados, duvido que consiga comandar alguma coisa daqui para diante. Por isso mesmo, deste ponto de vista, a ação dos mascarados venceu. A chamada “ação direta” funciona exatamente assim: fabrica-se um fato por meio da fabricação do espetáculo.
Por que os black blocs atuam assim? Porque eles sabem que funciona. Os 98% de reprovação, eles sabem, não representam uma verdade. O número real é bem mais baixo. As pessoas em pesquisa nunca admitem apoiar quem está taxativamente marcado pela palavra “violência”. Todos nós temos empregos e queremos nos mostrar cidadãos pacíficos. Só um maluco de pedra responderia uma pesquisa dizendo ser a favor dos black blocs, sendo eles exatamente os que representam a violência. Mas essa mesma sociedade que, em pesquisa, se mostra contrária ao que aparece como sendo a violência, em outras pesquisas mais bem feitas responde com total apoio à violência.
Pesquisas sobre o aborto, pena de morte, castigo a presos e até mesmo a respeito de “Justiça com as próprias mãos” - ou seja, tudo o que corresponde à violência - mostram com facilidade o gosto de nossa sociedade pela violência. Mas, se a pergunta é sobre a violência, diretamente, ou seja, se a pergunta é sobre um grupo identificado com a prática da violência, então tudo muda. A palavra “violência” e a prática exercida por um grupo que carrega a bandeira da violência, mesmo que teatral, faz nossa sociedade responder hipocritamente. Não poderia ser de outra forma em uma sociedade moderna, onde todas as pessoas, de alguma maneira, estão atreladas às instituições controladoras.
Por isso mesmo, na Internet, dá para se ver como a pesquisa engana. O coronel que apanhou não recebeu a defesa de ninguém. Nem mesmo da própria polícia. Ou se ficou quieto ou se fez piada com o coronel. Isso sem contar os que, longe da pesquisa, disseram o que boa parte da população realmente pensa, mostrando fotos da polícia batendo e matando pobres e negros. Todos nós estamos carecas de ler as estatísticas brasileiras a respeito disso - são altíssimas, descabidas.
Nossa sociedade é violenta. Por isso mesmo, ela não se compromete com a palavra “violência”. É assim que funciona sempre: em casa de ferreiro o espeto é de pau. Agora, a violência preocupante e mais grave, e esta é que tem a ver com os Direitos Humanos, é a violência do Estado contra indivíduos. A violência entre membros da sociedade é problema policial corriqueiro. A violência do Estado, esta sim, se ultrapassa a legalidade, clama pela justiça dos Direitos Humanos.
No Brasil a violência do Estado contra o cidadão comum tem desvios que, em número, deixa claro que a população pode começar a desejar revidar. Nossa população perdeu a confiança na polícia faz tempo, tanto é verdade que o movimento pela localização do Amarildo não parou. Nossa sociedade tem black blocs, que buscam chamar a atenção e mudar a agenda política pelo “teatro da violência”, e também tem os que se engajam em movimentos de cobranças das autoridades, para que elas não deixem passar em branco a violência do Estado contra o cidadão comum.
É preciso notar um detalhe, que está escapando aos analistas: os black Blocs surgiram entre nós exatamente no momento em que os grupos de Direitos Humanos começaram a ser fustigados e empurrados para fora de seus locais de trabalho. A eleição de Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados foi um marco simbólico importante. Mas não só. É visível que hoje os grupos de Direitos Humanos estão acuados. É também visível a ampliação da retórica conservadora na imprensa. Não é mais um ou outro repórter policial que faz a apologia de posições conservadoras. Hoje, jornalistas ditos bem formados e até filósofos atacam minorias e, ao mesmo tempo, as empurram para fora da imprensa. Nessa hora, mesmo em democracia, o anarquismo aparece com a única força política que se sente capaz de criar a possibilidade de nova agenda política. O “teatro da violência” surge naturalmente nesse contexto. O teatro tem lá os seus momentos de tensão. Há pessoas que se machucam nos espetáculos de teatro. Pois o teatro dos pobres não possui dublê de corpo.
***
Espero vocês na Livraria Martins Fontes da Av. Pauista (metrô Brigadeiro) dia 29, terça, a partir das 19 horas, no lançamento de A nova filosofia da educação (Editora Manole).
Paulo Ghiraldelli Jr, 56, filósofo, escritor, cartunista e professor da UFRRJ
http://ghiraldelli.pro.br
#blackblocs #PM #Protestos

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Uenf se pronuncia no caso das "diárias suspeitas"

Fonte: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/10/28/uenf-se-pronuncia-no-caso-das-diarias-suspeitas/
 
Após a matéria informando que o Ministério Público vai investigar supostos usos indevidos de verbas públicas por funcionários da Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), publicada neste domingo (27), no Jornal do Brasil, a entidade se pronunciou através de nota, emitida nesta segunda-feira (28). A reitoria da universidade nega todas as acusações feitas por fontes ligadas à própria entidade ao jornal e justifica que os pagamentos citados na reportagem são necessários para o bom desempenho das suas atividades e capacitação dos servidores em locais distantes das suas bases. O comunicado esclarece ainda outras questões abordadas na matéria. 
A nota assinada pelo reitor Silvério de Freitas esclarece que os valores apresentados na matéria também estão disponíveis na página do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), no portal da universidade, como adiantou a reportagem. Freitas argumentou que a Uenf está  a mais de 300km do Rio de Janeiro e o deslocamento de profissionais para cursos de capacitação e participação em eventos acadêmicos fora do Estado ou até do país é viabilizado através de diárias. Ele ressalta que tais ações são importantes para o crescimento profissional e aperfeiçoamento das atividades e pesquisas acadêmicas. 
"Reafirmamos que a UENF aplica o que determina a lei e paga todas as diárias de acordo com os valores estabelecidos e com os propósitos definidos para cada finalidade. E cada processo citado na matéria corresponde, sim, à soma das diárias para cada período, e em muitos casos correspondendo a mais de uma viagem, e não aos valores individuais", explica a nota. Segundo o reitor, parte das diárias citadas na matéria são referentes à viagens do Consórcio Cederj, ao qual a UENF é vinculada. "Para manter a qualidade do Ensino a Distância (EAD), faz-se necessário que os coordenadores, tutores e docentes das diferentes áreas estejam presentes com frequência nos 33 municípios do Rio de Janeiro em que estão distribuídos os Polos do Cederj, sendo o pagamento de diárias essencial para a viabilização destas atividades", diz o texto. Com relação ao pagamento em caráter de adiantamento no valor de R$ 4 mil a funcionária pública cedida para a Uenf, Mariana Queiróz Ribeiro, o reitor garante que não há qualquer tipo de irregularidade nessa operação citada na reportagem, sendo a sua fonte um recurso utilizado para atender a demandas emergenciais dos setores administrativos, comumente conhecido como pronto-pagamento. 
Além das questões referentes ao pagamento das diárias, a reportagem do Jornal do Brasil destaca denúncias feitas por servidores que pediram para não serem identificados no texto. Eles questionaram a realização de concursos públicos para as vagas de "professor titular" da Uenf, nos últimos quatro anos. Os denunciantes reclamam de uma rede de parentesco entre os aprovados nos exames para estes cargos e chamam a atenção para uma seleção realizada em 2010, que apresentou dois perfis para uma única vaga, que foi preenchida pelo atual reitor Silvério de Freitas e outra pelo seu antecessor, o ex-reitor Almy Jr. Em relação a este fato, Freitas destacou que "a UENF atende a todas as determinações legais inerentes a este processo". Segundo ele, os editais dos concursos são divulgados, no mínimo, por 90 dias e as Bancas de Avaliação são compostas por profissionais "do mais elevado grau científico, de ilibada reputação e, em sua grande maioria, externos ao quadro da própria Universidade". Freitas disse que a universidade não permite a participação de profissionais com vínculo aos candidatos nas avaliações dos concursos e todas as etapas possuem regras claramente dispostas nos editais. E garantiu: "as vagas dos concursos em questão já existiam, e todas no regime estatutário".
Outras denúncias feitas por servidores do Hospital Veterinário envolvem a compra de um tomógrafo para um projeto científico de pesquisa, fechada em parceria com uma empresa norte-americana e não com a autorizada da fabricante da aparelhagem no Rio de Janeiro, a GE, foram classificadas pelo reitor da Uenf como "errôneas". "Ressaltamos que todas as aquisições e pagamentos de equipamentos realizados pela Universidade estão de acordo com a legislação e com as necessidades da instituição", diz a nota do reitor. A reitoria da Uenf nega ainda que tenha recebido qualquer notificação do Ministério Público que envolve uso de diárias e que irá se pronunciar quando receber o documento.
 
#Uenf, #diáriassuspeitas

Amarildo: 'Isso não se faz nem com um animal'

Fonte: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/10/28/amarildo-isso-nao-se-faz-nem-com-um-animal/

O desabafo é de uma soldado da UPP da Rocinha no MP, enquanto revelava o "diário da tortura"
 
O choro e a emoção marcaram os depoimentos de quatro soldados, mulheres, que durante três meses foram obrigadas a esconder detalhes da sessão de tortura do pedreiro Amarildo de Souza, na base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, Zona Sul do Rio, no dia 14 de julho. As PMs resolveram contar toda a verdade após a prisão de alguns de seus colegas da unidade, acusados de envolvimento no crime. Elas contaram para a promotora Carmen Eliza de Carvalho, do Ministério Público (MP-RJ), que receberam ordens superiores para ocultar provas da tortura a Amarildo e também a dar depoimentos pré-combinados aos investigadores da polícia civil. 
As policiais da UPP da Rocinha revelaram detalhes do que aconteceu naquela noite e do sofrimento de Amarildo. Uma delas disse à promotora Carmem Eliza que estava dentro do contêiner quando ouviu gritos de dor e pedidos de socorro na parte de trás do local. Então, resolveu ficar na parte da frente da sala e tapou os ouvidos para não ouvir mais a sessão de tortura e comentou com outras duas colegas de trabalho - “Isso não se faz nem com um animal”. A partir do depoimento de uma outra soldado foi possível a promotoria identificar mais uma farsa do então comandante da UPP, o major Edson dos Santos. 
Uma outra soldado contou que o major Edson dos Santos marcou uma reunião com os PMs e tinha a presença de um advogado orientando a tropa sobre os seus depoimentos aos investigadores. "Foi um pré-depoimento", explicou a policial. Após a reunião, o advogado afirmou ao major que a soldado havia "falado demais". A mesma soldado ainda confirmou que após o crime, o local foi transformado em um depósito, com o intuito de atrapalhar as investigações. 
Durante os depoimentos, as soldados afirmaram ainda que foram obrigadas pelos seus superiores a ficar dentro do contêiner, junto com outros colegas da unidade. Elas contaram que era muito óbvio para todos que estava acontecendo uma tortura do lado de fora. E citaram mais um nome. "E aí a Rachel fala: 'Com esse barulho não dá pra trabalhar'. 'O que está acontecendo? Alguém está sendo torturado?' É 'com esse barulho não dá pra trabalhar'", revela uma das soldados. Rachel de Souza Peixoto é um dos 25 PMs acusados no processo de Amarildo. A soldado Thaís Rodrigues Gusmão também é réu nas ações do MP_RJ, mas acusou a participação do ex-subcomandante da UPP, tenente Luiz Felipe de Medeiros no caso. Segundo ela, o major Edson Santos deu uma ordem a Medeiros para ir até o local de tortura e "resolver isso". O tenente não apareceu nenhuma surpresa e se encaminhou para a parte de trás do contêiner e foi possível ouvir ele fazendo perguntas a Amarildo. Após esse episódio, Thais afirmou que recebeu ordens do major Edson para ir até o Parque Ecológico da Rocinha, que fica ao lado da UPP, e apagar as luzes daquela região. Ela aproveitou para ficar mais duas horas no parque, "para não ouvir mais as agressões".
A soldado Thais ajudou o MP a montar mais uma "peça do quebra-cabeça macabro". Ela afirmou que encontrou no parque três PMs à paisana e logo depois, viu o próprio major Edson e outros cinco policiais descendo do alto da mata. Depoimentos de PMs revelam que, antes do major Edson sair para o parque, foi possível observar policiais da unidade retirarem por um vão no telhado algo parecido com um corpo. 
A promotora Carmem Eliza informou que as policiais que prestaram depoimentos e colaboraram com as investigações são responsáveis por serviços administrativos e nunca efetuaram prisão ou participaram de operações policiais. “O sentimento era uniforme. 'Se estão fazendo isso com aquela pessoa, se a gente for fazer alguma coisa, que que vão fazer com a gente? Porque lá fora temos vários homens armados, todos superiores hierárquicos'”, afirmou a promotora.
Segundo a promotora Carmem Eliza, as soldados tinham medo do que poderia acontecer com elas. "'Vocês não ouviram nada, não teve nada de anormal e Amarildo desceu pela escada’. O tom era esse de orientação. Entenda-se determinação”, disse a promotora, reproduzindo os depoimentos das PMs. Ela classificou a "pressão" do major como "uma lavagem cerebral". 
Os novos depoimentos confirmam que a violência contra Amarildo durou 40 minutos e aconteceu na parte de trás dos contêineres que servem de base para a UPP. As policiais disseram que "depois tudo ficou em silêncio e, em seguida, somente risos". Vinte e cinco PMs da UPP da Rocinha foram denunciados pelo Ministério Público do Rio pelo desaparecimento, morte e tortura de Amarildo. Desse grupo, 13 já estão presos, sendo que três se entregaram na última quarta-feira (23). O corpo de Amarildo ainda não foi encontrado.
 
#Rocinha, #UPP, #Amarildo

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Brasileiro é quem paga mais caro entre 11 países para manter o Congresso

Fonte: http://br.financas.yahoo.com/noticias/brasileiro-%C3%A9-paga-caro-11-115000887.html
 
SÃO PAULO - Com um orçamento de R$ 8,51 bilhões para 2013, o Congresso brasileiro é o que mais pesa no bolso da população em comparação aos custos dos parlamentares de onze países desenvolvidos e emergentes. De acordo com a organização Transparência Brasil, a cada R$ 100 gerados em bens e serviços no País, R$ 0,19 são consumidos para manter senadores e deputados. Para se ter ideia, a relação é cerca de dez vezes maior que a da Espanha ou do Reino Unido e mais de seis vezes com a dos Estados Unidos.
Para chegar ao resultado, a organização comparou o orçamento de 2013 do Congresso Nacional com os da Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, México e Portugal. Ainda, foram cruzados os orçamentos totais com o PIB (Produto Interno Bruto) de cada país em 2012. Como a comparação é feita diretamente com a riqueza gerada pelos países, o cálculo independe de taxas de câmbio.
A partir deste cálculo, foi verificado que 0,1933% de toda riqueza gerada por cada cidadão brasileiro vai para os salários, benefícios e regalias dos parlamentares. O valor mais próximo do brasileiro é do Congresso argentino, que ainda fica 23% atrás: 0,1488% do PIB será dedicado a cobrir os custos do legislativo até o final deste ano.


Custo por minuto
Em números absolutos, o país com o maior custo por minuto com o Congresso são os Estados Unidos. Na comparação feita em reais (convertendo os volumes de gastos dos países para a moeda brasileira) por minuto, a população norte-americana gasta R$ 17.825 com os parlamentares.
Não muito atrás, os brasileiros têm um custo estimado para este ano de R$ 16.197 por minuto. O valor é o triplo do orçamento por minuto do México e o quadruplo da Alemanha e da França, como pode-se ver abaixo:

 
Por parlamentar Cada parlamentar brasileiro vai custar, até o final deste ano, R$ 14,332 milhões aos cofres público. O valor só fica atrás dos Estados Unidos, onde serão gastos R$ 17,511 milhões. Os 81 senadores do Brasil têm um custo de R$ 43,695 milhões por ano e, os 513 deputados, R$ 9,695 milhões. 

#Congresso, #PIB, #Parlamentar

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Forças de segurança do Rio viraram polícia política, diz pesquisador

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/forcas-de-seguranca-do-rio-viraram-policia-politica-diz-pesquisador,721917d0ad3c1410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

Manifestantes detidos durante protesto são encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Manifestantes detidos durante protesto são encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito
 
As forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro se transformaram em uma polícia política, atuando de forma desproporcional nas manifestações. A avaliação é do professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rafael Alcadipani, que analisou os enfrentamentos e as prisões em massa ocorridas ontem, durante protestos no centro da capital fluminense. 
 
"Ela já se transformou em uma polícia política. Se você vê o que aconteceu ontem em São Paulo, mais de 50 pessoas foram presas, mas a Polícia Civil mostrou que não havia ligação entre elas e liberou a todas. O que está acontecendo no Rio é que a polícia está prendendo indiscriminadamente, sem muita inteligência e criando relações inexistentes entre essas pessoas. Estão agindo, infelizmente, ao arrepio da lei", disse Alcadipani, que vem estudando o fenômeno das manifestações, principalmente relacionado ao Black Bloc.
 
O pesquisador chegou a comparar o que vem acontecendo no Rio com os tempos ditatoriais do Estado Novo de Getúlio Vargas e da ditadura militar (1964-1985). "Da forma como a polícia do Rio tem agido, com bastante truculência, e a prisão ontem de repórteres da rede independente Zona de Conflito, infelizmente, parece que o Rio está entrando em um Estado de exceção, o que é muito sério e já aconteceu na época da ditadura. Isso é preocupante, porque os governos não estão chamando para o diálogo", destacou Alcadipani.

A chefe de Polícia do Rio, delegada Martha Rocha, contestou a avaliação do professor da FGV. Ela disse, em entrevista à imprensa, que a Polícia Civil é a defensora da sociedade.
 
"Embora eu respeite a opinião dos estudiosos, a nossa decisão não passa pelo crivo deles. A nossa decisão passa pelo crivo do Poder Judiciário. A Polícia Civil é a defesa da sociedade. Vamos falar a verdade. Ninguém mais aguenta essa situação. Se esses estudiosos não entenderem que a Polícia Civil atua na defesa da sociedade, eu lamento muito. Mas o fato é que não estamos falando de manifestação. Estamos falando de atos de vandalismo. De pessoas que saem de casa com o compromisso da prática de delito, armadas de diversos instrumentos", ressaltou.
 
#BlackBloc, #Alcadipani

Queremos uma Escola Pública de Qualidade


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Governo do Piauí distribui bicicletas para alunos da rede pública

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/ir-e-vir-de-bike/governo-do-piaui-distribui-bicicletas-para-alunos-da-rede-publica/


O governo do estado do Piauí encontrou uma solução sustentável para resolver o problema do transporte escolar para os alunos das redes estadual e municipal de ensino. Com investimento de R$ 44,6 milhões, o governo vai adquirir um total de 120 mil bicicletas para serem distribuídas aos estudante do estado que moram a uma distância de até quatro quilômetros da escola onde estudam.
O programa Pedala Piauí é executado pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc) e tem como objetivo de facilitar o acesso ao ensino e incentivar a prática de atividades saudáveis. Os equipamentos foram adquiridos por meio de licitação (TC-N-005065/13) ao custo individual de R$ 371,66 por bicicleta.
Até agora, o governo já entregou cerca de 10% do total de bicicletas ao municípios. “Essas bicicletas fazem parte de uma política educacional adotada pelo governo do estado. Nosso objetivo é oferecer mais qualidade e segurança para os nossos alunos no percurso de casa para a escola e garantir que todos tenham acesso à Educação”, afirma o secretário da Educação, Átila Lira.

Alunos são beneficiados com as bicicletas do programa Pedala Piauí. (Foto: Kalberto Rodrigues)

Para o governador Wilson Martins (PSB), a bicicleta representa um novo ciclo na vida dos estudantes e ajuda a evitar a evasão escolar. “Quem já morou na zona rural sabe da dificuldade que é ir para uma escola, de tentar ser alguém na vida. Por isso, estamos encurtando esses caminhos, dando condições totais para o estudante que mora longe ou que mora perto de ter uma carreira profissional, um ensino de qualidade”, diz.
Todos os dias, para chegar até a escola onde cursa o 9º ano, Amanda Íris, 16 anos, percorria uma média de três quilômetros a pé. Ela foi uma das contempladas com as bicicletas do programa. “Vou levar menos tempo para chegar, além do que, não vou chegar cansada para assistir às aulas”, comemora.
 
#Piauí, #bicicletas

sábado, 12 de outubro de 2013

Governador do Distrito Federal faz calúnias de adversários pela internet.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/video-arrasador-programa-cqc-mostra-como-funciona-esquema-do-governador-do-df-para-caluniar-adversarios-pela-internet-com-dinheiro-publico-acovardado-o-governador-foge-do-reporter-em-cenas-g/?fb_action_ids=581828021852966&fb_action_types=og.likes&fb_ref=.Uldj28M_NIE.like&fb_source=other_multiline&action_object_map={"581828021852966":636649706356584}&action_type_map={"581828021852966":"og.likes"}&action_ref_map={"581828021852966":".Uldj28M_NIE.like"}

Agnelo Queiroz foge de repórter quando questionado sobre esquema de perfis falsos (Foto: Antonio Cruz / ABr)
Agnelo Queiroz, governador do DF: no vídeo abaixo, ele foge de repórter quando questionado sobre esquema de perfis falsos e caluniosos na internet. Não foi sequer capaz de negar seu envolvimento no esquema (Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil)
 
Trata-se de um “jogo canalha”, denuncia o em geral sereno e gentil senador e ex-governador Cristovam Buarque (PDT-DF). Uma “quadrilha virtual” que funciona “com recursos públicos” e cujo objetivo é espalhar mentiras e calúnias contra adversários, acusa a deputada distrital Celina Leão (PDT), chefiada pelo governador Agnelo Queiroz (PT).
O promotor de Justiça Mauro Faria de Lima, que investiga o caso, diz que o esquema montado pelo governador, ex-ministro do Esporte e ex-integrante do Partido Comunista do Brasil tem como missão “produzir notícias favoráveis ao governador e, ao mesmo tempo, atingir a honra de seus adversários”.
Essas acusações, e cenas grotescas do governador fugindo do repórter Oscar Filho, do programa CQC, da Rede Bandeirantes, para não responder a perguntas nas quais cabia uma simples negativa, conferem uma importância extraordinária à reportagem.
 
Celina Leão, deputada distrital (PDT): "O Agnelo é chefe de uma quadrilha especializada em dilapidar os recursos públicos" (Foto: Divulgação)
Celina Leão, deputada distrital (PDT): “O Agnelo é chefe de uma quadrilha especializada em dilapidar os recursos públicos” (Foto: veja.abril.com.br)

E mostram como figurões do PT não hesitam em lançar mão de quaisquer recursos, legais ou não, para atingir adversários e manter-se a qualquer custo no poder. A sequência em que os seguranças do governador empurram e tentam impedir o trabalho do repórter, enquanto Agnelo segue em silêncio diante do microfone para o carro oficial, por si só é uma confissão.
Em tempo: a atitude do governador lembra a de políticos truculentos, inclusive da ditadura militar, que ele alega haver combatido.
 
 
#AgneloQueiroz, #CQC, #DistritoFederal

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Em discurso em Frankfurt, Ruffato associa Brasil a genocídio, impunidade e intolerância

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1353517-escritor-luiz-ruffato-diz-em-frankfurt-que-brasil-e-pais-da-impunidade-e-intolerancia.shtml

A abertura da participação brasileira na Feira do Livro de Frankfurt na tarde desta terça (8) foi marcada por um discurso forte do escritor Luiz Ruffato, no qual ele defendeu que o país nasceu sob a égide do genocídio, que a chamada democracia racial do país foi feita com estupros e que no Brasil reinam a impunidade e a intolerância.
A fala do romancista, feita na sala principal do evento alemão, diante de 2.000 pessoas, entre eles lideranças políticas alemãs e o vice-presidente da República, Michel Temer, ressaltou ainda os 37 mil assassinatos anuais do país, os 550 mil presos e a alta taxa de analfabetismo.
 
Antes de concluir, Ruffato disse que nos últimos anos o país vem vivendo alguns avanços e salientou o "poder transformador da literatura", exemplificando com sua trajetória: ele disse que é filho de uma lavadeira analfabeta e de um pipoqueiro semianalfabeto.


Seu discurso, de cerca de dez minutos, foi ovacionado e aplaudido de pé por alguns dos presentes, entre eles o diretor do Sesc-SP Danilo Santos Miranda e escritores brasileiros, como o romancista Paulo Lins e o poeta Age de Carvalho.
No encerramento das cerimônias, depois do discurso de políticos como o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, que elogiou a fala de Ruffato e pediu lugar permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, o vice-presidente Michel Temer fez um discurso que foi concluído com vaias.
Começou chamando a ministra da Cultura, Marta Suplicy, de "ministra da Educação" e fez declarações elogiosas à sua participação na Constituinte de 1987-88, que resultou na Constituição de 1988.
Em seguida falou de sua relação com a literatura. "Jamais abandonei a literatura. As leituras aguçaram meu raciocínio. Graças a isso cheguei a este palco", disse, antes de fazer propaganda de seus próprios poemas, publicados recentemente no livro "Anonima Intimidade" (Topbooks). "Não recebi elogios, mas também não recebi críticas."
*
Leia a íntegra do discurso do escritor Luiz Ruffato na abertura da Feira do Livro de Frankfurt:
"O que significa ser escritor num país situado na periferia do mundo, um lugar onde o termo capitalismo selvagem definitivamente não é uma metáfora? Para mim, escrever é compromisso. Não há como renunciar ao fato de habitar os limiares do século 21, de escrever em português, de viver em um território chamado Brasil. Fala-se em globalização, mas as fronteiras caíram para as mercadorias, não para o trânsito das pessoas. Proclamar nossa singularidade é uma forma de resistir à tentativa autoritária de aplainar as diferenças.
O maior dilema do ser humano em todos os tempos tem sido exatamente esse, o de lidar com a dicotomia eu-outro. Porque, embora a afirmação de nossa subjetividade se verifique através do reconhecimento do outro --é a alteridade que nos confere o sentido de existir--, o outro é também aquele que pode nos aniquilar... E se a Humanidade se edifica neste movimento pendular entre agregação e dispersão, a história do Brasil vem sendo alicerçada quase que exclusivamente na negação explícita do outro, por meio da violência e da indiferença.
Nascemos sob a égide do genocídio. Dos quatro milhões de índios que existiam em 1500, restam hoje cerca de 900 mil, parte deles vivendo em condições miseráveis em assentamentos de beira de estrada ou até mesmo em favelas nas grandes cidades. Avoca-se sempre, como signo da tolerância nacional, a chamada democracia racial brasileira, mito corrente de que não teria havido dizimação, mas assimilação dos autóctones. Esse eufemismo, no entanto, serve apenas para acobertar um fato indiscutível: se nossa população é mestiça, deve-se ao cruzamento de homens europeus com mulheres indígenas ou africanas - ou seja, a assimilação se deu através do estupro das nativas e negras pelos colonizadores brancos.
Até meados do século 19, cinco milhões de africanos negros foram aprisionados e levados à força para o Brasil. Quando, em 1888, foi abolida a escravatura, não houve qualquer esforço no sentido de possibilitar condições dignas aos ex-cativos. Assim, até hoje, 125 anos depois, a grande maioria dos afrodescendentes continua confinada à base da pirâmide social: raramente são vistos entre médicos, dentistas, advogados, engenheiros, executivos, jornalistas, artistas plásticos, cineastas, escritores.
Invisível, acuada por baixos salários e destituída das prerrogativas primárias da cidadania --moradia, transporte, lazer, educação e saúde de qualidade--, a maior parte dos brasileiros sempre foi peça descartável na engrenagem que movimenta a economia: 75% de toda a riqueza encontra-se nas mãos de 10% da população branca e apenas 46 mil pessoas possuem metade das terras do país. Historicamente habituados a termos apenas deveres, nunca direitos, sucumbimos numa estranha sensação de não pertencimento: no Brasil, o que é de todos não é de ninguém...
Convivendo com uma terrível sensação de impunidade, já que a cadeia só funciona para quem não tem dinheiro para pagar bons advogados, a intolerância emerge. Aquele que, no desamparo de uma vida à margem, não tem o estatuto de ser humano reconhecido pela sociedade, reage com relação ao outro recusando-lhe também esse estatuto. Como não enxergamos o outro, o outro não nos vê. E assim acumulamos nossos ódios --o semelhante torna-se o inimigo.
A taxa de homicídios no Brasil chega a 20 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, o que equivale a 37 mil pessoas mortas por ano, número três vezes maior que a média mundial. E quem mais está exposto à violência não são os ricos que se enclausuram atrás dos muros altos de condomínios fechados, protegidos por cercas elétricas, segurança privada e vigilância eletrônica, mas os pobres confinados em favelas e bairros de periferia, à mercê de narcotraficantes e policiais corruptos.
Machistas, ocupamos o vergonhoso sétimo lugar entre os países com maior número de vítimas de violência doméstica, com um saldo, na última década, de 45 mil mulheres assassinadas. Covardes, em 2012 acumulamos mais de 120 mil denúncias de maus-tratos contra crianças e adolescentes. E é sabido que, tanto em relação às mulheres quanto às crianças e adolescentes, esses números são sempre subestimados.
Hipócritas, os casos de intolerância em relação à orientação sexual revelam, exemplarmente, a nossa natureza. O local onde se realiza a mais importante parada gay do mundo, que chega a reunir mais de três milhões de participantes, a Avenida Paulista, em São Paulo, é o mesmo que concentra o maior número de ataques homofóbicos da cidade.
E aqui tocamos num ponto nevrálgico: não é coincidência que a população carcerária brasileira, cerca de 550 mil pessoas, seja formada primordialmente por jovens entre 18 e 34 anos, pobres, negros e com baixa instrução.
O sistema de ensino vem sendo ao longo da história um dos mecanismos mais eficazes de manutenção do abismo entre ricos e pobres. Ocupamos os últimos lugares no ranking que avalia o desempenho escolar no mundo: cerca de 9% da população permanece analfabeta e 20% são classificados como analfabetos funcionais --ou seja, um em cada três brasileiros adultos não tem capacidade de ler e interpretar os textos mais simples.
A perpetuação da ignorância como instrumento de dominação, marca registrada da elite que permaneceu no poder até muito recentemente, pode ser mensurada. O mercado editorial brasileiro movimenta anualmente em torno de 2,2 bilhões de dólares, sendo que 35% deste total representam compras pelo governo federal, destinadas a alimentar bibliotecas públicas e escolares. No entanto, continuamos lendo pouco, em média menos de quatro títulos por ano, e no país inteiro há somente uma livraria para cada 63 mil habitantes, ainda assim concentradas nas capitais e grandes cidades do interior.
Mas, temos avançado.
A maior vitória da minha geração foi o restabelecimento da democracia - são 28 anos ininterruptos, pouco, é verdade, mas trata-se do período mais extenso de vigência do estado de direito em toda a história do Brasil. Com a estabilidade política e econômica, vimos acumulando conquistas sociais desde o fim da ditadura militar, sendo a mais significativa, sem dúvida alguma, a expressiva diminuição da miséria: um número impressionante de 42 milhões de pessoas ascenderam socialmente na última década. Inegável, ainda, a importância da implementação de mecanismos de transferência de renda, como as bolsas-família, ou de inclusão, como as cotas raciais para ingresso nas universidades públicas.
Infelizmente, no entanto, apesar de todos os esforços, é imenso o peso do nosso legado de 500 anos de desmandos. Continuamos a ser um país onde moradia, educação, saúde, cultura e lazer não são direitos de todos, mas privilégios de alguns. Em que a faculdade de ir e vir, a qualquer tempo e a qualquer hora, não pode ser exercida, porque faltam condições de segurança pública. Em que mesmo a necessidade de trabalhar, em troca de um salário mínimo equivalente a cerca de 300 dólares mensais, esbarra em dificuldades elementares como a falta de transporte adequado. Em que o respeito ao meio-ambiente inexiste. Em que nos acostumamos todos a burlar as leis.
Nós somos um país paradoxal.
Ora o Brasil surge como uma região exótica, de praias paradisíacas, florestas edênicas, carnaval, capoeira e futebol; ora como um lugar execrável, de violência urbana, exploração da prostituição infantil, desrespeito aos direitos humanos e desdém pela natureza. Ora festejado como um dos países mais bem preparados para ocupar o lugar de protagonista no mundo --amplos recursos naturais, agricultura, pecuária e indústria diversificadas, enorme potencial de crescimento de produção e consumo; ora destinado a um eterno papel acessório, de fornecedor de matéria-prima e produtos fabricados com mão de obra barata, por falta de competência para gerir a própria riqueza.
Agora, somos a sétima economia do planeta. E permanecemos em terceiro lugar entre os mais desiguais entre todos...
Volto, então, à pergunta inicial: o que significa habitar essa região situada na periferia do mundo, escrever em português para leitores quase inexistentes, lutar, enfim, todos os dias, para construir, em meio a adversidades, um sentido para a vida?
Eu acredito, talvez até ingenuamente, no papel transformador da literatura. Filho de uma lavadeira analfabeta e um pipoqueiro semianalfabeto, eu mesmo pipoqueiro, caixeiro de botequim, balconista de armarinho, operário têxtil, torneiro-mecânico, gerente de lanchonete, tive meu destino modificado pelo contato, embora fortuito, com os livros. E se a leitura de um livro pode alterar o rumo da vida de uma pessoa, e sendo a sociedade feita de pessoas, então a literatura pode mudar a sociedade. Em nossos tempos, de exacerbado apego ao narcisismo e extremado culto ao individualismo, aquele que nos é estranho, e que por isso deveria nos despertar o fascínio pelo reconhecimento mútuo, mais que nunca tem sido visto como o que nos ameaça. Voltamos as costas ao outro --seja ele o imigrante, o pobre, o negro, o indígena, a mulher, o homossexual-- como tentativa de nos preservar, esquecendo que assim implodimos a nossa própria condição de existir. Sucumbimos à solidão e ao egoísmo e nos negamos a nós mesmos. Para me contrapor a isso escrevo: quero afetar o leitor, modificá-lo, para transformar o mundo. Trata-se de uma utopia, eu sei, mas me alimento de utopias. Porque penso que o destino último de todo ser humano deveria ser unicamente esse, o de alcançar a felicidade na Terra. Aqui e agora."

#Ruffato, #Frankfurt, #genocídio

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Políticos indicam 1 em cada 5 diretores de escolas públicas

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1352772-politicos-indicam-1-em-cada-5-diretores-de-escolas-publicas.shtml
 
Um em cada cinco diretores de escolas públicas no país é alçado ao cargo por políticos, segundo levantamento da Folha a partir de dados de um sistema de avaliação do Ministério da Educação.
A proporção equivale a 21,8% do total: de 56.911 diretores das redes estaduais e municipais, 12.413 foram definidos por indicação política, prática condenada por especialistas em educação.
 
Os dados integram questionário respondido pelos próprios diretores no mais recente Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), de 2011.
A proporção é ainda maior se considerada só a rede municipal --na qual um terço assumiu por interferência de vereadores, deputados, prefeitos e partidos, por exemplo.
O maior índice desse tipo de indicação foi registrado em Santa Catarina, com 62,8%.
Já no Estado de São Paulo as indicações políticas se limitam a 5,2%, conforme as respostas dos diretores. E elas são concentradas nas escolas municipais do interior, já que há exigência de concurso para essa função nas estaduais há mais de uma década.
ROTINA
O número de indicações políticas pelo país pode ser ainda maior, diz Ângelo Ricardo de Souza, da Universidade Federal do Paraná, já que outras indicações definidas pelos diretores como "técnicas" podem ter esse componente.
Os dados do Saeb mostram ainda que 46,9% dos diretores vêm de alguma forma de indicação --escolhidos pela prefeitura ou pelo Estado, incluindo tanto indicações políticas como técnica e outras. E apenas 43,6% chegam aos cargos por seleção ou por eleição. O restante é escolhido de outras formas.
A indicação política afeta a rotina das escolas, segundo associações de professores de seis Estados ouvidas pela reportagem. Os relatos citam escolas divididas por partidos, perseguições políticas, dificuldade para aprovar pedidos e falta de integração com a comunidade.
Escolas onde há diretores indicados por políticos tendem a compartilhar menos decisões com a comunidade, segundo dados tabulados por Souza em parceria com Gabriela Schneider, da UFPR, a pedido da Folha.
Os dados mostram que os diretores definidos por políticos predominam nas escolas onde o conselho escolar, órgão formado por pais, alunos, professores e funcionários, nem sequer existia ou se reunia menos de uma vez por ano.
Os indicados também são maioria entre os gestores escolares que tinham menos --ou até nenhuma-- experiência em educação.
"É o jogo político. O que motiva a indicação de um diretor não é a competência, mas a política de trabalhar para um padrinho", afirma Souza.
No Amapá, onde 45,7% dos diretores vêm de indicações políticas, a diretora Maria das Dores da Silva, 40, da escola estadual Castelo Branco, de Macapá, chegou a ser exonerada por discordar de políticos que tentavam interferir na gestão. "Um deles dizia: Essa escola é minha!", relata Maria das Dores, que só voltou ao cargo após protestos de alunos e professores.
A Secretaria da Educação do Amapá reconhece que as indicações são feitas "pelo governador e por partidos aliados", mas diz que pretende testar um projeto de eleição para diretores em 2014.
Em Santa Catarina, há desentendimentos entre diretores indicados e docentes que se estendem por anos, como no Instituto Estadual de Educação, de Florianópolis, a maior escola pública do Estado, com 5.000 alunos.
Indicado por políticos em 2007, Vendelin Burguezon foi alvo de protestos por semanas e até hoje enfrenta resistências. "Fui convidado, sim, mas não tenho partido político", afirma o diretor.
O presidente da Associação de Pais e Professores do instituto, Elvis de Souza, diz que a chegada de Burguezon foi um "balde de água fria" porque contraria o ideal de eleição, mas afirma que o diretor "tem se esforçado".
O governo Raimundo Colombo (PSD) diz que, a partir de 2015, selecionará candidatos em processo semelhante aos concursos públicos.
 
#VendelinBurguezon

Minuto do celular no Brasil é o mais caro do mundo

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/10/1352956-minuto-do-celular-no-brasil-e-o-mais-caro-do-mundo.shtml

O custo da chamada de celular no Brasil é o mais caro do mundo, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (7) pela ITU (União Internacional de Telecomunicações), da ONU.
O minuto da ligação entre uma mesma operadora fora do horário de pico custa US$ 0,71 no país. Entre operadoras diferentes, a tarifa sobe para US$ 0,74.
No caso das chamadas feitas por números da mesma operadora, a tarifa mais baixa encontrada foi de US$ 0,01 o minuto, em Hong Kong e na Índia. Nos Estados Unidos, por exemplo, o custo é de US$ 0,27.
A tarifa no Brasil é mais que o dobro de outros países da América Latina, como Argentina e México, onde o minuto, em ambos, custa US$ 0,32.
Em relação às ligações feitas entre operadoras diferentes, a menor tarifa encontrada foi de US$ 0,01, em Hong Kong. A segunda menor é de US$ 0,02, da Índia. Também considerando as chamadas feitas fora do horário de pico.
O levantamento considerou 161 países e, no Brasil, utilizou as tarifas médias praticadas em São Paulo.
INFRAESTRUTURA
Os fatores que ajudam a explicar os altos custos da telefonia no Brasil, conforme explica Marcelo Knörich Zuffo, professor da Escola Politécnica da USP, são, basicamente, três: baixo investimento em infraestrutura, alta demanda e alta incidência tributária.
"Isso é uma tendência que vai ser muito difícil de se reverter nos próximos anos", avalia.
O estudo ainda mostrou que, assim como o Brasil, países desenvolvidos, como Suíça e França, possuem altos custos de chamadas móveis. Por lá, no entanto, a realidade é outra.
"Nesses países também há alta incidência tributária, mas a qualidade dos serviços é outra", diz Zuffo.
"Não é possível comparar esses países com o Brasil em termos de infraestrutura. Em alguns horários na cidade de São Paulo você simplesmente não consegue fazer uma ligação."
OS MAIS CAROS

Ligação entre números da mesma operadora

País Custo* do minuto em US$
Brasil 0,71
Nova Zelândia 0,70
Suíça 0,68
Grécia 0,58
França 0,56
Reino Unido 0,56

* fora do horário de pico

Ligação entre números de operadoras diferentes

País Custo* do minuto em US$
Brasil 0,74
Nova Zelândia 0,70
Suíça 0,68
Argentina 0,63
Grécia 0,58

* fora do horário de pico

OUTRO LADO
Em nota, a Sinditelebrasil, entidade que representa o setor de telecomunicação, diz que o levantamento de preços da ITU considera planos que "não são praticados no mercado brasileiro, apenas são homologados no órgão regulador, como uma espécie de preço máximo".
Por isso, explica a entidade, o resultado do relatório não reflete a realidade brasileira, formada por uma grande variedade de planos alternativos, com preços menores.
"Se forem levados em conta todos os planos, verificamos que o preço médio do minuto no Brasil é de R$ 0,15, com impostos (US$ 0,068). E esse preço caiu pela metade nos últimos cinco anos."
CONECTADOS
Em relação à conectividade, o estudo mostrou que a proporção de domicílios com acesso à internet no Brasil subiu de 38% em 2011 para 45% em 2012.
O destaque ficou com a banda larga móvel, cuja penetração subiu de 22% em 2011 para 37% em 2012.
Ainda, o relatório diz que 88% da população brasileira, no fim do ano passado, já era coberta pelas redes de terceira geração (3G), que permitem conexão móvel em banda larga.
TECNOLOGIA
No resultado geral, apresentado pelo relatório, que revela o quanto os países estão preparados para usar as tecnologias de comunicações, o Brasil fica em 62º lugar, atrás de países como Grécia (32º), República Tcheca (34º), Arábia Saudita (50º) Argentina (53º) e Costa Rica (60º).
Os primeiros colocados foram Coreia, Suécia e Islândia, nesta ordem. E os últimos foram Chade (155º), República Centro-Africana (156º) e Níger (157º).

domingo, 6 de outubro de 2013

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Brasil, um Titanic já na fase pós iceberg.

Muito se fala do Brasil e na maioria das vezes não são coisas boas.

O fato de ter belas praias, florestas e campos não valem o descaso com saúde, educação e segurança.
Política é um fator que nem precisamos discutir, pois a verdade é resumida nas palavras do grande José Simão: "Se gradear vira zoológico, se murar vira presídio, se cobrir com lona vira circo, se botar lanterna vermelha vira puteiro e se der a descarga não sobra ninguém".
 
Vamos descrever um pouco cada um dos fatores que citei no início:
 
Saúde

Parte dos impostos que pagamos é reservado a saúde, mas de quem não sabemos até hoje, pois do povo que não é.
O dia que um político for operado e/ou atendido no SUS, será o dia em que a saúde estará tomando outro rumo, exceto os casos em que eles usam destas imagens para se beneficiar. Quero ver usarem no dia a dia.
O Brasil importa Médicos por dizer que não temos o suficiente, mas as reclamações da maioria dos municípios que não os tem é que a própria prefeitura não tem dinheiro para pagar o salário dos mesmos.
Só que R$ 10 mil por Médico cubano nós temos, apesar de ainda não estarem trabalhando. Sem estender este caso dos Cubanos é simples: importamos pessoas para não trabalhar e receber no Brasil, mas isso já temos e se chama senador, deputado, governador, prefeito e/ou vereador.
A solução é muito simples: para de roubar muito e deixa um pouco para atender o povo, vão continuar ricos e pelo menos nós não reclamaremos tanto.

Educação

A educação é precária por vários motivos, entre eles:
 - Pais que acham que a escola é um lugar para corrigir o que eles fazem questão de estragar e repassar a responsabilidade ao Professor. Muitos pais fazem questão de cobrar o Professor por erros deles, filho que não aprende por TV, videogame e internet em excesso que é utilizado por eles para que a criança fique quieta, mas se responsabilizar, ficar do lado vendo os cadernos que é bom nada.
 - Alunos que fazem da escola um campo de guerra por coisas fúteis, melhor celular, melhor tablet, roupa, sapato e etc. Casos que até porque um garoto(a) olha para outra(o) o resultado acaba em agressão física ou morte. Esta última cada vez mais frequente.
 - Professores que as vezes ninguém entende o porquê de ter optado pela profissão sem ter o menor jeito com criança ou adolescente. Infelizmente não podemos deixar de comentar que alguns, em sua minoria também ajudam a estragar o que ainda temos fazendo com que toda classe seja mal julgada.
 - Nosso Governo que deixa as escolas a ver navios, sem orçamento ou um orçamento que não paga o porteiro direito.
 - Faculdades com cotas idiotas por raça ou sexo quando na verdade deveria focar os menos afortunados, pois independente destas classes não tem orçamento familiar para pagar uma mesma. Seja branco, negro, índio ou de qualquer sexo, a pessoa de baixa renda deveria ser o foco das cotas, pois mesmo um índio pode comprovar a falta de orçamento para manter a faculdade.
 
Segurança

Este foco é o que mais está em destaque na internet e infelizmente só com mal exemplos.
Polícia corrupta, Exército e Força Aérea sucateadas, só a Marinha produz algo no Brasil.
Uma força armada ideal é aquela que além de proteger ela seja auto suficiente, ou seja, invista em pesquisas para adquirir e desenvolver novas tecnologias e dê renda sobre isso. Neste aspecto a Marinha tem se saído bem com fabricação de submarinos e navios, já as demais utilizam de armamentos quase vencidos, tanques de segunda, terceira, quinta ou liquidação.
Alguém já viu o porta aviões Minas Gerais? Por onde ele anda?
E o novo porta aviões que o Sr. Lula comprou da França anos atrás?
Nosso país compra porta aviões, aviões e blindados de segunda mão com duração de 5, 10 anos.
Porque não compra novo, mesmo que em menor quantidade?
A Polícia Militar é uma vergonha em todo território nacional, claro que mesmo em países de primeiro mundo a corrupção acontece, pois ela nasce da ganância das pessoas.
Só que a Polícia Militar é uma fábrica de corrupção, mesmo os honestos que entram para garantir o pão de cada dia tem que fazer vista grossa ou entrar no "esquema" para manter o emprego.
Em um país que derrubou a Ditadura ainda termos uma Polícia militarizada é algo retrógrado ou até mesmo nostálgico.
Policiais honestos existem, saem de casa à mercê de tomar um tiro só por causa da farda ou distintivo para proteger o próximo, mas são minorias.
Se notarem os fatores acima, todos estão em decadência devido a um único grande FATOR: o Governo Brasileiro.

#GovernoBrasileiro, #Saúde, #Educação, #Segurança

Foto de PM incitando violência contra professores causa revolta

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/educacao/2013/10/04/foto-de-pm-incitando-a-violencia-contra-professor-causa-revolta.htm 



"Foi mal, fessor!!!" É com essa frase que o perfil de Tiago Tiroteio no Facebook comenta a foto de um PM (Policial Militar) do Rio de Janeiro segurando um cassetete quebrado. A postagem causou revolta nas redes sociais por incitar a violência contra professores. Na última terça-feira (1°), houve confronto entre a PM e professores municipais que se manifestavam em frente à Câmara dos Vereadores.

 

A imagem, apresentada pelo perfil AnonymousBrasil nesta sexta-feira (4), somava até as 12h07 de hoje 1.751 compartilhamentos e 985 comentários. O perfil de Tiago não está mais disponível na rede social.

 

De acordo com a assessoria de imprensa da PM do Rio de Janeiro, a instituição afirma ter conhecimento da foto e a corporação está apurando o caso junto com a 1ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar). "Assim que identificá-lo, ele será ouvido ainda hoje", informou.

Confronto entre policiais e manifestantes

 

Vinte e três pessoas ficaram feridas durante os confrontos ocorridos no centro do Rio entre a PM (Polícia Militar) e manifestantes na noite de terça-feira (1º). Entre os feridos estavam 12 policiais militares.

 


No fim da noite, a Tropa de Choque da PM dispersou, com bombas de gás lacrimogênio, os manifestantes que retornaram às escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, após a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos professores da rede municipal de ensino. A manifestação era formada por professores municipais e membros do grupo Black Bloc.

 

De acordo com a Polícia Militar, 17 pessoas foram detidas e conduzidas para delegacias da região central da cidade. A PM informou ainda que, entre os presos, nenhum era professor.

 

Segundo o site do Sepe  (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ), mais cedo um grupo de professores seguia em direção à Câmara, quando foi atingido por bombas de efeito moral e gás de pimenta.

 

A professora Neide Coelho, que atua em turmas do ensino fundamental em Guaratiba (zona oeste do Rio), ficou ferida nas costas por estilhaços de uma bomba lançada pela polícia. "Eu nem vi de onde ela veio", diz.

 

As explosões ajudaram a dispersar o grande grupo de profissionais que se concentrava perto da avenida Rio Branco.

 

Leia mais em: http://zip.net/brk5MV
 
#RiodeJaneiro, #PM, #Professores

Brasil é o penúltimo país em pesquisa sobre valorização de professor

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/10/03/brasil-e-o-penultimo-em-pesquisa-sobre-valorizacao-de-professor.htm

 
Confira o ranking 
              Posição
 País
1
China
2
Grécia
3
Turquia
4
Coreia do Sul
5
Nova Zelândia
6
Egito
7
Cingapura
8
Holanda
9
Estados Unidos
10
Reino Unido
11
França
12
Espanha
13
Finlândia
14
Portugal
15
Suíça
16
Alemanha
17
Japão
18
Itália
19
República Tcheca
20
Brasil
21
Israel
Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (3) mostra que, entre 21 países, o Brasil fica em penúltimo lugar em relação ao respeito e à valorização dos seus professores. Para montar o Índice Global de Status de Professores, da Varkey GEMS, os estudiosos entrevistaram mil pessoas em cada um dos países.
De acordo com o estudo, os professores têm o melhor status na China e o pior, em Israel.
Em cada país, os pesquisadores analisaram se a profissão é muito procurada, qual é o status social dos professores e se os entrevistados acreditam que os alunos respeitam os docentes. Os dados foram reunidos em um índice e, em seguida, classificados.
Os países pesquisados foram: Brasil, China, República Tcheca, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Israel, Itália, Japão, Países Baixos, Nova Zelândia, Portugal, Turquia, Cingapura, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.
Os entrevistados responderam a perguntas sobre como o ensino se compara a outras profissões, se consideravam a remuneração dos professores justa, se encorajariam os seus filhos a se tornarem professores e o quanto achavam que os alunos respeitam os professores.
Eles também foram questionados sobre atitudes em relação a professores de ensino fundamental, professores de ensino médio e diretores de escola, assim como a atitudes em relação ao sistema de ensino.
Os estudiosos também questionaram sobre a remuneração e as condições de trabalho dos professores. Em 95% dos países, os pesquisados apoiam um salário maior para os professores em relação ao que ganham atualmente.
 
Brasil
 
A pesquisa mostra que, entre os entrevistados, os brasileiros foram os que mais disseram que os professores tiveram influência em suas vidas.
 
Os brasileiros também disseram que apoiam salários mais altos para os professores e 88% acham que eles deveriam ser remunerados de acordo com o desempenho de seus alunos.
 
A desvalorização desses profissionais fica clara quando os entrevistados são perguntados se gostariam que seus filhos fossem professores: apenas 20% responderam que sim. Por outro lado, 45% dos pesquisadores disseram que não encorajariam seus filhos a se tornarem docentes.
 
Na China, que ficou em primeiro lugar no ranking, 50% dos pais encorajariam os seus filhos a serem professores, enquanto apenas 8% fariam o mesmo em Israel, último colocado entre os 21 países. Em geral, os países que mais respeitam os professores são aqueles que mais encorajam os seus filhos a terem essa profissão.
 



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