sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Parecer do MPF pede que Lula seja julgado por improbidade administrativa

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/11/1378749-parecer-do-mpf-pede-que-lula-seja-julgado-por-improbidade-administrativa.shtml

http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/147229-mpf-pede-que-lula-seja-autuado-por-improbidade-administrativa.html

O Ministério Público Federal fez um pedido para que uma ação de improbidade administrativa contra o ex-presidente Lula seja julgada pela primeira instância da Justiça Federal. Também é réu no caso o ex-ministro da Previdência Amir Lando. A ação pede a devolução de R$ 9,5 milhões para os cofres públicos.
O parecer faz parte de uma apelação do MPF contra uma decisão de um juiz de primeira instância. O caso começou em 2011, quando o Ministério entrou com a ação contra Lula e Lando.

MPF pede que Lula seja autuado por improbidade administrativa

Eles eram acusados de uso da máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o banco BMG, envolvido no esquema do mensalão, pelo envio de 10,6 milhões de cartas a segurados do INSS de outubro a dezembro de 2004.
Segundo a Procuradoria, as cartas assinadas por Lula e Lando informavam sobre empréstimos consignados com taxas de juros reduzidas. À época, o BMG era o único banco privado que oferecia esse empréstimo, segundo a acusação.
Em novembro de 2012, O juiz Paulo Cesar Lopes, da 13ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, extinguiu a ação por um erro técnico, sem julgar o mérito. Segundo o magistrado, o Ministério Público somente poderia ter processado Lula durante o mandato --e por meio de outra ação, a de crime de responsabilidade.
Por isso, o MPF recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. O novo parecer, enviado na quarta-feira (27), é assinado pelo promotor Marcelo Antônio Ceará Serra Azul. Ele não entra no mérito da questão -- se Lula e Lando são ou não culpados-- mas defende que a ação proposta está correta e pede que o tribunal obrigue a primeira instância a aceitá-la.
O caso agora está com o desembargador I'Talo Fioravanti Sabo Mendes. Ainda não há data para uma decisão.

#Lula, #AmirLando

Reforma aprovada no Senado pode punir comentários na internet 'ofensivos' a políticos com 1 ano de prisão e R$30 mil de multa

Fonte: http://martinsogaricgp.blogspot.com.br/2013/11/reforma-aprovada-no-senado-pode-punir.html

http://www.folhapolitica.org/2013/11/reforma-aprovada-no-senado-pode-punir.html


Cássio Cunha Lima. Imagem: Redes Sociais
A difusão de mensagens e comentários "ofensivos" à honra ou à imagem de candidatos, partidos e coligações será considerada crime e punível com cadeia e multa para o autor e seu contratante caso a presidenta Dilma Rousseff sancione sem vetos uma lei enviada pelo Congresso ao Palácio do Planalto na segunda-feira 25. A criminalização pode valer já na eleição de 2014. Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), há risco à liberdade de expressão.

Os dispositivos incriminadores de certas condutas virtuais constam da chamada "minirreforma eleitoral". Não faziam parte do projeto original apresentado em dezembro de 2012 pelo senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima. Foram introduzidos no texto em setembro, durante votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A inclusão foi proposta pelo senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba.


De acordo com a emenda de Cunha Lima, o autor de mensagens classificadas como criminosas será punido com multa de 5 mil reais a 30 mil reais e com prisão de seis meses a um ano. O castigo para quem o contratou é pior: de 15 mil reais a 50 mil reais de multa e de dois a quatro anos de cadeia.


Na justificativa por escrito que apresentou ao defender a criminalização, Cunha Lima dizia que as redes sociais tornaram-se poderosas na formação da opinião pública brasileira, mas "têm tido seu uso deturpado", especialmente em períodos eleitorais. "Já se constatou", dizia ele, "a contratação de grupo de pessoas para que realizem ataques, via internet, aos candidatos, partidos ou coligações".

Se os dispositivos foram sancionados, passarão a integrar a lei 9.504, de 1997, que estabelece as normais gerais das eleições. A lei foi modificada em 2009 para prever um outro tipo de punição por propaganda eleitoral na internet. Os propagandistas que atribuem a obra deles a terceiros (a candidatos ou a partidos, por exemplo) podem ser multados entre 5 mil reais e 30 mil reais.


Os candidatos que se sentirem vítimas de ataques em sites e redes sociais poderão recorrer à Justiça para que esta ordene a retirada do conteúdo do ar, também de acordo com a minirreforma. O mecanismo não fazia parte do projeto original de Romero Jucá. Foi incluído a pedido dele próprio na mesma votação ocorrida em setembro na CCJ.


Ao propor a emenda, Jucá disse em uma justificativa por escrito que "o principal objetivo é dar instrumentos à Justiça Eleitoral para combater essa prática deletéria, que tem trazido grandes prejuízos ao andamento das campanhas eleitorais".


O ataque à honra de um candidato já é um ato alcançado pelo Código Penal. A conduta pode ser enquadrada como calúnia, injúria ou difamação. A novidade pretendida pela minirreforma eleitoral, explica o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, é a criminalização de atos contra a imagem de um candidato, um partido ou uma coligação. E, neste aspecto, a liberdade de expressão corre riscos.


O texto aprovado pelos parlamentares não diferencia danos à imagem causados por um fato verídico ou provocados por mentiras. Ou seja, espalhar pela internet um fato verdadeiro pode ser crime, caso esse fato arranhe a imagem de um político ou uma legenda. Por exemplo: disseminar as prisões decorrentes do julgamento do mensalão afeta o PT, assim como as notícias sobre pagamento de propina nas obras do metrô de São Paulo atingem o PSDB. "Vejo esse novo dispositivo com muita preocupação. Há risco concreto de cerceamento à liberdade de expressão por meio da criminalização de certos atos", afirma Furtado Coêlho.


Dilma tem até a primeira quinzena de dezembro para decidir vai transformar a minirreforma em lei tal qual aprovada pelo Congresso, se assinará apenas uma parte do texto ou se vai vetá-la na íntegra.

#CássioCunhaLima, #RomeroJucá

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Junta médica da Câmara também diz que estado de Genoino não é grave

Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/11/27/junta-medica-da-camara-tambem-diz-que-estado-de-genoino-nao-e-grave/

O diretor do Departamento Médico da Câmara, Jezreel Avelino da Silva, disse nesta quarta-feira que o deputado licenciado José Genoíno (PT-SP) não é portador de cardiopatia grave. “Não existe no momento invalidez definitiva, mas circunstância de ter riscos na atividade laboral”, disse o médico cardiologista Luciano Janussi Vacanti, integrante da junta médica que analisou o parlamentar. Genoino foi condenado à prisão em regime semiaberto na ação penal do mensalão.
A junta recomendou que o deputado fique em licença por mais 90 dias, contados a partir dos exames feitos na segunda-feira (25), e depois seja periciado novamente. José Genoíno entrou com o pedido de aposentadoria por invalidez na Câmara em setembro último.
Segundo Vacanti, houve uma piora do quadro de Genoíno desde a análise pela perícia da Câmara em setembro por causa das tensões dos últimos dias que fizeram aumentar a pressão.
No dia 24 de julho, Genoíno foi diagnosticado com uma dissecção da aorta (quando uma ou mais das três camadas da artéria se rompem forçando uma hemorragia interna) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
No hospital, ele sofreu uma isquemia cerebral leve - obstrução da circulação sanguínea no cérebro – e teve alta em 19 de agosto. Genoíno está de licença médica da Câmara até 19 de setembro.
#Genoíno, #juntamédica, #JezreelAvelinodaSilva, #LucianoJanussiVacanti

Dossiê de Pizzolato preocupa comando do PT

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dossie-de-pizzolato-preocupa-comando-do-pt,1099063,0.htm

Integrantes do comando nacional do PT indicam se preocupar com possíveis iniciativas do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no caso do mensalão. Ele fugiu do Brasil para Itália com um dossiê com detalhes sobre a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

Dirigentes petistas já sinalizaram querer conversar com pessoas próximas ao ex-dirigente do BB, que espera declaração mais firme de defesa por parte dos companheiros de partido. Até agora, as manifestações do comando petista se concentram no ex-presidente da legenda José Genoino, no ex-ministro José Dirceu e no ex-tesoureiro Delúbio Soares, presos em Brasília em circunstâncias que o partido considera abusivas.
O caso Pizzolato coloca o PT diante de uma situação difícil. O governo federal tem a obrigação legal de conseguir o repatriamento de Pizzolato, um companheiro agora foragido da Justiça brasileira. O ex-diretor do BB, que tem nacionalidade brasileira e italiana, porém, se mostra inconformado com a sentença. Ele conheceu por dentro uma parte relevante da relação do partido com o empresariado da campanha de 2002 até que estourou o escândalo do mensalão.
Quando Lula ainda era candidato pela primeira vez, Pizzolato marcava encontros de Lula com empresários. A notícia de que detalhes dessas reuniões integram o dossiê, que o ex-diretor do BB se disporia a usar em sua defesa na Itália, chamou a atenção de membros da direção nacional do partido. Eles se preocupam com possíveis consequências de revelações incômodas para o ex-presidente.
O partido há muito se preocupa com possíveis reações de Pizzolato. Informações de que o ex-diretor do BB, chave na campanha de Lula de 2002, estava inconformado e deprimido, corriam o partido havia muito tempo. A notícia do dossiê aumentou essas preocupações. Do lado de Pizzolato, espera-se uma defesa sem restrições do ex-diretor do BB, mesmo foragido na Itália.
Para o restrito comando político da defesa do ex-diretor do BB, as críticas do PT à sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) ficaram no "macro", mas não entram em detalhes importantes. Falta, avaliam, que o partido, oficialmente, afirme que o dinheiro do fundo Visanet, repassado à agência DNA por determinação de Pizzolato (mais de R$ 70 milhões, para pagamento de publicidade), não era público, nem foi desviado. Se a Justiça tivesse aceitado essa tese, não existiria, por exemplo, a acusação de peculato (apropriação de recursos públicos por servidor).
 #HenriquePizzolato, #Lula, #PT, #BancodoBrasil

Elite brasileira 'finalmente' é presa por corrupção, diz jornal britânico

Fonte:  http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2013/11/elite-brasileira-finalmente-e-presa-por-corrupcao-diz-jornal-britanico.html

Em meio às prisões dos condenados no processo do mensalão, o jornal britânico The Times destacou, em sua versão eletrônica desta segunda-feira, que, "finalmente", "a elite brasileira foi para a cadeia" em um dos "maiores escândalos de corrupção" já ocorridos no país.
A reportagem, assinada pelo jornalista James Hilder, correspondente do jornal em São Paulo, afirma que "alguns dos mais poderosos políticos" que "supervisionaram o boom econômico do Brasil nos últimos anos" se apresentaram à polícia para servir longas penas por corrupção, incluindo o ex-ministro da Casa Civil durante o governo Lula, José Dirceu.
O Times também menciona a fuga do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Condenado a mais de 12 anos de prisão em regime fechado, Pizzolato tem dupla cidadania e estaria foragido na Itália, segundo seu advogado.
Incluído na lista dos 12 condenados que receberam ordens de prisão pelo esquema de compra de votos de parlamentares, ele deveria ter se entregado à Polícia Federal no último sábado (16).
A reportagem cita a carta divulgada por Pizzolato em que o ex-diretor afirma ter fugido para a Itália para ter direito a um novo julgamento.
Segundo o Times, o mensalão "abalou a antiga administração" e deixou "uma sombra profunda sobre o Partido dos Trabalhadores", encabeçado pela presidente presidente Dilma Rousseff, que enfrenta eleições no ano que vem.
O jornal lembra que o escândalo irrompeu em 2005, mas os réus só começaram a ser julgados no ano passado. O atraso, segundo a reportagem, "contribuiu para a raiva demonstrada nos protestos de junho deste ano contra os preços altos, a baixa qualidade dos serviços e a corrupção governamental".
Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu se apresentou à PF na última sexta-feira (Foto: Reuters)Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu se apresentou à PF na última sexta-feira (Foto: Reuters)

Raridade
Já o jornal americano New York Times observou, em texto escrito pelo correspondente no Brasil, Simon Romero, ser "raro que figurões da política brasileira sejam condenados por crimes e sirvam penas na prisão".

O texto também assinalou "os problemas burocráticos" que adiaram a prisão dos envolvidos.
O NY Times destacou ainda que o ex-ministro José Dirceu se entregou à Polícia Federal, na última sexta-feira (15), "lançando seu pulso no ar em um ato de provocação".
#HenriquePizzolato, #JoséDirceu, #Lula

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Helicóptero da família de senador é apreendido com cocaína no ES

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/11/1376551-helicoptero-da-familia-de-senador-e-apreendido-com-cocaina-no-es.shtml

Um helicóptero que pertence a uma empresa da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG) foi apreendido pela Polícia Militar em uma fazenda no interior do Espírito Santo no final da tarde de domingo (24) com mais de 400 kg de cocaína.
O piloto da aeronave foi preso, juntamente com o copiloto e mais duas pessoas. A PM do Espírito Santo passou o caso para a Polícia Federal, devido à quantidade de droga apreendida. Há duas semanas a PM vinha monitorando a fazenda.
O helicóptero é da empresa Limeira Agropecuária, que tem o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), filho do senador, como um dos sócios. A PF não vê, inicialmente, envolvimento da empresa dos Perrella no crime. As investigações vão prosseguir.
Segundo o superintendente da PF do Espírito Santo, Erivelton Leão de Oliveira, o piloto do helicóptero, Rogério Antunes, disse não saber que transportava a droga e que foi contratado para realizar a viagem, pela qual receberia R$ 60 mil.
Segundo o delegado, o piloto não informou quem o contratou e disse que tinha autonomia para usar a aeronave. "Algumas vezes ele colaborou no depoimento, em outras permaneceu no direito de ficar calado", disse ele.
O deputado negou envolvimento no caso e disse, na tarde desta segunda-feira, que o piloto usou o helicóptero sem autorização e, por isso, foi demitido e será processado por furto da aeronave.
"O piloto não tinha autorização de voo da minha parte ou de qualquer membro da minha família, tratamos o assunto como roubo da aeronave por parte dele", disse Gustavo Perrella.
Segundo ele, Antunes havia lhe dito que o helicóptero estaria em manutenção a partir de hoje. "Até por isso eu não fiz uso dela [aeronave] durante o final de semana", disse o deputado.
O senador Zezé Perrella não se manifestou sobre o ocorrido.
Segundo a Polícia Militar do Espírito Santo, a fazenda na cidade de Afonso Cláudio vinha sendo monitorada após uma denúncia de que tinha sido vendida por um valor três vezes superior ao de mercado.
Pessoas estranhas à região foram vistas no local nos últimos dias, movimentação que culminou com a chegada do helicóptero. A PM já tinha cercado a fazenda e agiu logo que o motor da aeronave foi desligado.
A PM suspeita que a droga tenha vindo do exterior e passado antes por São Paulo.

# ZezéPerrella, #EspíritoSanto

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Após ser alvo de vandalismo durante protestos, Câmara Municipal de SP instala vidros blindados

Fonte:  http://noticias.r7.com/sao-paulo/apos-ser-alvo-de-vandalismo-durante-protestos-camara-municipal-de-sp-instala-vidros-blindados-19112013

Reforma está avaliada em R$ 1,29 milhão e será feita em caráter emergencial

A Câmara Municipal de São Paulo iniciou as instalações de vidros blindados no prédio, localizado na região central de São Paulo.
A Casa gastará R$ 1,29 milhão para reformar a fachada após os atos de vandalismo que deixaram vidros quebrados durante manifestação em agosto. Além disso, o prédio foi sido alvo de tiros em uma madrugada em julho.
A troca dos vidros será feita em caráter emergencial, o que dispensa licitações, seguindo recomendações das assessorias da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar.
#SãoPaulo, #CâmaraMunicipal, #vidrosblindados

Assessor investigado pede demissão em São Paulo

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/assessor-investigado-pede-demissao-em-sao-paulo
Roberto Victor Anelli Bodini, promotor de justiça do GEDC, e Cesar Dario Mariano da Silva , promotor de justiça de patrimônio social,  durante entrevista coletiva a respeito do caso da corrupção dos fiscais da prefeitura de São Paulo, realizada na sede da Promotoria Pública de São Paulo - (14/11/2013)
Roberto Victor Anelli Bodini, promotor de justiça do GEDC, e Cesar Dario Mariano da Silva , promotor de justiça de patrimônio social,  durante entrevista coletiva a respeito do caso da corrupção dos fiscais da prefeitura de São Paulo, realizada na sede da Promotoria Pública de São Paulo - (14/11/2013) - JF Diorio/AE


O assessor especial doou 140 000 mil para a campanha a vereador de Gabriel. Desse valor, 110.000 reais foram doados em dinheiro. A legislação permite que uma pessoa física doe no máximo 10% dos seus rendimentos brutos a um candidato no ano anterior à eleição. Ou seja, Nagy deveria ter rendimento bruto de 1,4 milhão de real em 2011. Mas, na época, Nagy era assistente parlamentar de Gabriel na Câmara. Um cargo similar ao dele tinha remuneração líquida de 2.000 reais por mês. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta.
Nomeado para o cargo de assessor especial em fevereiro deste ano, ele ainda não declarou o seu patrimônio à prefeitura de São Paulo – essa medida é obrigatória para todos os funcionários públicos do município. Atualmente, Nagy recebe salário bruto de 4 852 reais. Ele mora em uma cobertura duplex na Vila Leopoldina, na Zona Oeste, e já apareceu no trabalho dirigindo um Porsche e uma BMW.
A família de Nagy tem uma empresa chamada Aprov Projetos e Regularizações de Documentos, que presta consultoria de outorga onerosa, quando o empreendedor paga a mais à prefeitura da cidade para construir acima do limite legal. Ele também tem uma casa lotérica em Moema, na Zona Sul.
A CGM apura a suspeita de que Nagy tenha sido o intermediador entre as incorporadoras e os quatro fiscais presos no dia 30 – agora soltos – sob a acusação de receberem propina para reduzir o preço do ISS. O esquema pode ter provocado prejuízo de 500 milhões de reais aos cofres públicos.
Segundo o secretário municipal do Trabalho, o então assessor especial viajou para fora do país no dia 29, um dia antes de os quatro auditores serem presos. "Ele queria uma licença não remunerada e eu disse que não podia. Mas ele foi mesmo assim. Disse que era uma viagem longa", disse Gabriel.
O secretário afirmou não acreditar que Nagy tenha ligação com a máfia do ISS. "Não tem a menor possibilidade. O dinheiro dele é dele mesmo. Ele trabalha muito com atividade relacionada a imóveis tombados", disse. Ele também declarou que descobriu nesta quinta que o assessor não tinha declarado o patrimônio à prefeitura, mas que não há nenhuma irregularidade nos 140.000 reais doados por ele à sua campanha. "Ele tem outras atividades, tem outros trabalhos. Se tivesse qualquer coisa errada nessa doação, se ela fosse incompatível, a Justiça Eleitoral teria constatado no primeiro dia. Foi tudo declarado."
#TonyNagy, #EliseuGabriel, #SãoPaulo, #MáfiadoISS

Rio assiste perplexo e assustado ao retorno da violência

Fonte:  http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/11/21/rio-assiste-perplexo-e-assustado-ao-retorno-da-violencia/

As cenas de violência que todos os cariocas achavam que tinham ficado no passado, voltaram com força total durante o feriado de quarta-feira (20/11). Retrato do desgoverno, da falta de ação de Cabral e Paes que jogaram a cidade num túnel do tempo e conseguiram resgatar os arrastões da década de 90, quando o Rio estava entregue ao crime. Os arrastões nas praias, dessa vez, não respeitaram nem a presença de policiais que tentavam inutilmente conter a onde de assaltos cometidos por vários grupos de deliquentes, muitos deles menores de idade.

Polícia prende assaltantes na praia de Ipanema
Polícia prende assaltantes na praia de Ipanema

Em resposta, as autoridades insinuaram a possibilidade dessas ações serem orquestradas por grupos de oposição ao governo. Se for, cabe a pergunta: onde estava a segurança da população? Onde estava o policiamento? Se realmente foi orquestrado, serviu de teste e o estado e a prefeitura foram reprovados. O que se viu nesta quarta foi também a continuidade de uma política de segurança que vem demonstrando seu esgotamento, que recentemente matou o pedreiro Amarildo, que vem sendo responsável pelo aumento da criminalidade em todos os bairros da cidade.
ARRASTÕES EM 1992 LEVAVAM PÂNICO ÀS PRAIAS 

A política de segurança pública implantada por Cabral, com a criação das UPPs, seguiu no rumo fácil, correu para a mídia e o que se viu foram apenas belas imagens de hasteamento de bandeiras nos morros e favelas ocupados. Essas ações, mais pirotécnicas do que efetivamente de conquistas das áreas que antes estavam sob domínio do tráfico, trouxeram prestígio ao governador,mas não se sustentavam. Não houve um trabalho de desenvolvimento social, capacitação dos moradores, estímulo ao empreendedorismo, entre tantas outras ações.
A política de segurança falhou também por não capacitar os novos policiais militares que foram lotados nas UPPs e nem investir nas atividades de inteligência da PM, fundamental para combater o crime organizado. Como resultado, moradores das favelas insatisfeitos com a intervenção da polícia em suas rotinas e total incapacidade desses policiais para lidar com o crime, que não foi eliminado definitivamente nessas áreas. Da política de segurança restou apenas a esperança de se ter um Rio melhor, sonho que a cada dia que passa vai se esvaindo.
#RiodeJaneiro, #EduardoPaes, #SérgioCabral, #arrastão

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mensaleiros recebem visita e parentes de outros presos reclamam de privilégio

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1426519&tit=&tit=Mensaleiros-recebem-visita-e-parentes-de-outros-presos-reclamam-de-privilegio

Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Complexo da Papuda, em Brasília, onde parte dos condenados do mensalão cumpre pena                                                           Complexo da Papuda, em Brasília, onde parte dos condenados do mensalão cumpre pena


José Genoino e Delúbio Soares, presos no complexo da Papuda, em Brasília, receberam na manhã de hoje visita de familiares e amigos. Do lado de fora do presídio, esposas de presos que já aguardam o momento para entrar no local reclamaram da diferença de tratamento.
A visita aos presos acontece às quartas e quintas-feiras, mas desde a madrugada algumas mulheres já se posicionam em frente ao portão de acesso da Papuda. A intenção é entrar o quanto antes para ter mais tempo com os maridos e filhos - o tempo da visitação é entre 9h e 17h.
Na manhã desta terça-feira (19), familiares dos condenados no mensalão tiveram acesso ao local na companhia de parlamentares. "Eu não considero um privilégio. Direitos humanos é um padrão de todos e todas, independente do partido", disse o deputado Paulão (PT-AL), que visitou os petistas na manhã de hoje.
Ele contou que o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), irmão de Genoino, também foi ao local, além da esposa do deputado licenciado e seus três filhos. A mulher e o irmão de Delúbio também teriam visitado o ex-tesoureiro do PT.
"Ela tem que pegar fila como nós, passar pelas mesmas coisas que a gente passa", disse Patrícia (nome fictício), 32. Há 13 anos, ela visita o marido no local, preso por latrocínio.
"É muito constrangedor ficar aqui nessa situação", conta Camila (nome fictício), 22. Há três meses, ela visita o marido na Papuda. Já habituada às exigências para ingresso no local, ela leva numa sacola os itens que tem entrada autorizada: frutas, biscoito, sabão em pó, sabonetes, papel higiênico e pasta de dente.
Banho de sol
Durante a manhã, as duas mulheres presas no processo do mensalão, a banqueira Kátia Rabello e a ex-funcionária de Marcos Valério, Simone Vasconcellos, tiveram direito a banho de sol.
Ontem, elas foram transferidas para o 19º Batalhão da Polícia Militar, também dentro do complexo da Papuda. Questionado, o comandante do batalhão afirmou que não poderia confirmar a identidade das presas "por questão de segurança". Segundo ele, as mulheres têm direito a duas horas diárias de sol.
#Mensaleiros, #Brasília

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Deputados gastam quase R$ 8 mi em postos de gasolina

Fonte: http://atarde.uol.com.br/politica/materias/1549286-deputados-gastam-quase-r-8-mi-em-postos-de-gasolina


Com apenas uma nota fiscal emitida ao mês, deputados federais conseguem usar toda a cota de combustíveis a que têm direito. No Senado, os valores chegam a ultrapassar os R$ 20 mil. Entre os documentos apresentados, estão notas de postos de combustível de parentes dos parlamentares e estabelecimentos que foram doadores em suas campanhas.
Levantamento feito pelo Estado mostra que, no primeiro semestre, dez deputados gastaram até o último centavo a que têm direito. Eles apresentaram apenas uma nota por mês com o valor total da cota, sempre em seus Estados de origem, nos mesmos estabelecimentos ou pertencentes ao mesmo dono.
De janeiro a junho, a Câmara dos Deputados gastou R$ 7,8 milhões para reembolsar os gastos de parlamentares com combustíveis e lubrificantes. Cada um tem direito a consumir R$ 4,5 mil mensais para abastecer veículos usados no exercício do cargo.
Ângelo Agnolin (PDT-TO), por exemplo, traz na descrição da nota apresentada em março o consumo de 1.521 litros de gasolina, o que seria suficiente para fazer um carro médio rodar pelo menos 15 mil quilômetros. Ainda na mesma nota, o deputado paga três preços diferentes de gasolina comum (R$ 2,79, R$ 2,95 e R$ 3,12).
Fidelização
O deputado Davi Alcolumbre (DEM-AP) gasta toda sua cota no posto Salomão Alcolumbre & Cia. LTDA, em Macapá. O mesmo sobrenome não é coincidência. Salomão, ex-suplente de José Sarney e falecido em 2011, era tio do parlamentar. O posto continua sob o comando da família.
As normas de uso da verba indenizatória proíbem a utilização da cota para ressarcimento de despesas relativas a bens fornecidos ou serviços prestados por empresa da qual o proprietário ou detentor de qualquer participação seja o deputado ou parente de até terceiro grau. De acordo com o chefe de gabinete do parlamentar, a família Alcolumbre é dona de cerca de 70% dos postos de combustível do Amapá, "sendo inviável não abastecer na empresa de parentes".
Em todas as notas de Davi Alcolumbre às quais o Estado teve acesso, os valores discriminados dos produtos sofreram pequenos arredondamentos para que o valor final fosse exatamente o máximo que a Câmara permite para reembolso. Na nota fiscal de março, por exemplo, apesar de a soma dos produtos consumidos totalizar R$ 4.501,70, consta no valor final o montante de R$ 4.500,00. Se o documento tivesse o valor correto, Alcolumbre teria de completar R$ 1,70 do próprio bolso, ideia que parece não ter agradado o parlamentar.
Minimalista
A técnica utilizada pelo deputado Vinicius Gurgel (PR-AP) é ser tão apurado quanto um conta-gotas na hora de abastecer. Os volumes de combustível chegam a ser medidos com até três dígitos depois da vírgula para que a nota fiscal alcance exatos R$ 4,5 mil. Em janeiro, foram 806,451 litros de gasolina e 991,189 litros de diesel.
Nas notas apresentadas pelo deputado Manoel Salviano (PSD-CE), o "desconto" é mais claro. Consta no documento de janeiro, por exemplo, "valor dos produtos: 4.510,45" e, logo abaixo, o "valor total da nota: 4.500,00". O dono do posto em que Salviano abastece todos os meses consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral como financiador da campanha do parlamentar.
Em 2010, Marciano Teles Duarte doou R$ 10 mil ao candidato. O mesmo registro aparece nas contas do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do deputado Biffi (PT-MS). O posto em que Alves gastou quase R$ 17 mil apenas no primeiro semestre também doou R$ 10 mil para a sua campanha eleitoral. Biffi, por sua vez, gastou R$ 21,5 mil de janeiro a junho no mesmo estabelecimento que doou R$ 1.330 para sua campanha em 2010.
Total flex
No Senado, só há restrição para o uso de combustível nos carros oficiais. A cota, nesse caso, é de 300 litros de gasolina por mês ou 420 litros de álcool. Já o reembolso de combustível usado em outros veículos, desde que seja justificado pelo exercício da atividade parlamentar, pode chegar mensalmente a valores entre R$ 21 mil e R$ 44 mil, que são os limites máximos da verba indenizatória, dependendo do Estado de origem do parlamentar.
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR) apresentou em junho uma nota fiscal no valor de R$ 22,5 mil com a justificativa de que eram "despesas com combustíveis para atender demanda do escritório político em Boa Vista". No posto onde a nota foi emitida, o litro da gasolina custa R$ 3,03. Com o valor da nota, é possível comprar quase 7.500 litros do combustível, o suficiente para abastecer 185 carros médios.
Neste ano, Mozarildo apresentou outras seis notas emitidas pelo mesmo posto, que variam de R$ 2 mil a R$ 3,5 mil. Somados, todos os documentos pagos pelo Senado alcançam um montante de R$ 39 mil apenas com combustível. A equipe de gabinete do senador não detalhou o consumo, mas informou que todos os gastos são previstos nas regras do Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
#ÂngeloAgnolin, #gasolina 

Trânsito? Eduardo Paes lava as mãos: "Voltem mais cedo para casa"

Fonte: http://www.jb.com.br/opiniao/noticias/2013/11/18/transito-eduardo-paes-lava-as-maos-voltem-mais-cedo-para-casa/

Mesmo possuindo uma frota de veículos muito inferior à de São Paulo (6,390 milhões contra 2,063 milhões), o Rio de Janeiro, e sobretudo os cariocas, vêm enfrentando um verdadeiro martírio nas vias da cidade. Não por acaso, o Rio ganhou o triste título de terceiro pior trânsito do mundo - atrás apenas de Istambul e Moscou - em recente pesquisa de empresa espanhola. E quando se espera que as autoridades venham à publico se desculpar ou trazer soluções após mais um dia de caos com a saída ou retorno da cidade no feriadão, o prefeito Eduardo Paes limita-se a orientar os motoristas a "voltarem mais cedo para casa", o que significa preterir um dia de descanso. Ao invés de se justificar, o que Paes gosta mesmo é de oferecer possibilidade para empreiteiras e grandes negócios.
O deboche, o descaso, o afronta com que Paes trata a população são típicos de quem governa com arrogância e com total desconsideração por quem mora no Rio, principalmente na Zona Rural e Oeste, onde estão os mais pobres. Um exemplo disso é o gargalo no trecho de quem chega ao Rio da Região dos Lagos. Uma distância de 800 metros, percorrida por estas pessoas muitas vezes em seus modestos carros sem ar condicionado e, por causa do engarrafamento, em 40 minutos a uma hora. Afinal, no aprazível bairro do Alto da Boa Vista, onde fica, cercada por florestas, a Gávea Pequena - que serviu a príncipes e a Presidência da República e hoje é a residência oficial do prefeito, com um verdadeiro Jardim Botânico, piscinas, quadras, que dispensa que seus filhos precisem de uma casa de lazer fora dessa cidade encantada em que vive - certamente o engarrafamento e o calor não fazem parte.
O que se esperava de Eduardo Paes, depois dos transtornos no trânsito, era um pedido de desculpas
O que se esperava de Eduardo Paes, depois dos transtornos no trânsito, era um pedido de desculpas
Ao pedir que sacrifique um dia de descanso, Paes afronta o povo do quarto-e-sala, que não sai de casa no feriado simplesmente por um lazer dos endinheirados, mas principalmente por uma necessidade humana, para poder aproveitar raros instantes de descanso com a sua família, nos quais seus filhos possam andar e correr e se esquecer de suas casas de 45 a 70 metros quadrados.
Das 72 horas deste feriadão, os motoristasgastaram pelo menos 10 horas em engarrafamentos - quem foi para a Região dos Lagos, por exemplo, consumiu cerca de cinco horas para percorrer aproximadamente de 200 km. Se eles dormiram seis horas por noite sobraram 44 horas efetivamente para o lazer (três noites, levando-se em consideração a quinta-feira, são 18 horas de sono no feriadão: 72 - 18 = 54. 54 - 10 horas nas estradas - 44h) - o tempo gasto na estrada representa 20% do tempo dedicado ao descanso com a família. 
Isso sem contar com o desgaste físico e psicológico nos engarrafamentos - principalmente levando-se em consideração que grande parte da população não tem carros com ar condicionado -, o gasto extra com combustível e com o desgaste das engrenagens dos carros.
Por tudo isso, o que se esperava de Eduardo Paes, depois dos transtornos de quinta e domingo, era um pedido de desculpas, e não a solução de quem lava as mãos e transfere o ônus do problema para a população. Contudo, ele já foi eleito e não precisa mais de votos porque não há terceiro turno. Já está garantido na cadeira de Sua Majestade nas Olimpíadas. Brioches para o povo.
#EduardoPaes, #RiodeJaneiro

sábado, 16 de novembro de 2013

'Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo', diz o sociólogo Chico de Oliveira

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/11/1368697-assustarem-os-donos-do-poder-e-isso-foi-otimo-diz-o-sociologo-chico-de-oliveira.shtml

Socialista inveterado, acadêmico prestigiado, parceiro rompido de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, o sociólogo Francisco de Oliveira completou 80 anos quinta-feira passada (dia 7) sem demonstrar qualquer sinal de afrouxamento da energia crítica.
Em entrevista realizada no seu apartamento no bairro da Lapa, em São Paulo, ele falou com entusiasmo dos protestos de junho ("a sociedade mostrou que é capaz ainda de se revoltar") e, sem rodeios, criticou as principais figuras do atual cenário político.
A presidente Dilma Rousseff é uma "personagem trágica" que deu uma "resposta idiota" às manifestações. Lula "está fazendo um serviço sujo" ao atuar como apaziguador de tensões sociais. Marina Silva é uma "freira trotiskista" adepta de um "ambientalismo démodé". O Bolsa Família, "uma declaração de fracasso". E por aí vai.
O sociólogo não tem receio de expor suas ideias "revolucionárias". Uma delas é separar o Brasil como forma de resolver a questão indígena: "Há um Estado indígena [...] Ninguém tem coragem de dizer isso. Então todo mundo quer integrar", afirma.


O sociólogo Francisco de Oliveira
O sociólogo Francisco de Oliveira

Folha - Oitenta anos. Que tal?
Chico de Oliveira - Oscar Niemeyer disse que a velhice é uma merda. Eu não sou tão radical. Mas ela não tem essas bondades que geralmente se diz. A história de que o sujeito ganha em sabedoria é uma farsa. Não é bom envelhecer.

O senhor está bem, está lendo, fazendo críticas.
Só aparentemente. Eu tomo dez remédios por dia. Entre insulina para diabetes, remédio para hipertensão... Não é nada bom. As pessoas sábias deveriam morrer cedo (risos).

Antigamente era assim. Esse negócio de longevidade é uma novidade, né?
É, a longevidade é uma coisa recente mesmo. Não é façanha sua. É da economia, basicamente. É a economia que te leva até os 80 anos. São as condições de vida que mudam, você não precisa de trabalho pesado. Quem condiciona tudo é o trabalho. E, evidentemente, gente da minha classe social está apta a aproveitar essas benesses do desenvolvimento capitalista. Mas pessoalmente não é agradável. Só que não existe solução. Você vai se matar para poder não cumprir os desígnios de sua classe social?

O senhor se surpreende aos 80. Em junho, milhares de brasileiros foram às ruas protestar. E o senhor disse que era tudo inédito e surpreendente. Na sua avaliação, qual é o saldo?
É bom não fazer uma cobrança positivista do tipo "o que é que deu aquilo?". Deu algum resultado, a tarifa de ônibus baixou. Mas deu uma coisa ótima. O ótimo é que a sociedade mostrou que é capaz ainda de se revoltar, é capaz de ir para a rua. Isso é ótimo. Não precisa resultados palpáveis. O que é bom em si mesmo foi o fato de a população, alguns setores sociais, se manifestarem. Assustarem os donos do poder, e isso foi ótimo. Isso é que é importante. Esse objetivo foi cumprido. Eu falava que era inédito porque a sociedade brasileira é muito pacata. A violência é só pessoal, privada, o que é um horror. Quando vai para a violência pública, as coisas melhoram. Esse é o resultado que nos interessa: um estado de ânimo da população que assuste os donos do poder.

Assustou mesmo?
Assustou. Porque era uma coisa realmente inédita, com setores sociais que geralmente dizem que são conformistas, parte da juventude. Esse tipo de manifestação mostrou que não é assim. Isso é bom para a sociedade. Não é bom para os donos do poder. Mas são eles, exatamente, que a gente deve assustar. Se puder, mais do que assustar, derrubá-los do poder. Não acho que essas manifestações tenham esse caráter, essa forma. Mas regozijo-me porque foi manifestado o não conformismo.

O senhor disse que sociedade brasileira é muito pacata. Por que tem essa característica e qual é a melhor explicação?
É um complexo de fatores, não é fácil definir. Quem fala sobre isso geralmente aponta as raízes escravistas. Uma sociedade que não faz muito tempo, faz 100 anos, libertou-se do escravismo. Isso deu lugar a uma sociedade que apanha, mas não reage. Quem melhor estudou isso foi Gilberto Freyre. Ele estudou isso, do ponto de vista saudosista, mas é quem mais foi fundo nessa espécie de conformismo na sociedade. Embora a interpretação de Sérgio Buarque [de Holanda] também seja boa, a sociedade que se conforma. Para ele, é o homem cordial. Gilberto tem outro "approach", ele vai para a cultura. Cultura não no sentido de quem carrega livro, mas na forma pela qual a sociedade se construiu e se reconhece nela. É basicamente a ideia da casa grande. A casa grande é uma formação conformista. Tem uma violência que explode a cada momento. E tem um senhor de escravo que é compadre de escravo. É uma formação muito complexa. Muito interessante para um sociólogo estudar, mas muito pesada para quem sofre os efeitos dessa cultura brasileira. Que não é a portuguesa exatamente, não é a indígena. É um mix de várias fontes. Não tivemos nenhuma grande revolução violenta. A que o Brasil comemora sempre, que é a de 1930, não teve nada de especialmente violenta. Teve os gaúchos saindo do sul, [Getulio] Vargas a frente. Na verdade enfrentaram uns paulistas aí, mas terminou tudo em pizza (risos). Isso marca muito a sociedade brasileira. Esse conformismo que só explode em violência privada, o sujeito que morre de facada. Você liga a televisão e vê: todo dia tem uma tragédia dessa.

Se sempre foi assim, o que desencadeou em junho?
Não foi sempre assim, claro. Isso é o meu jeito de falar. Havia violência, muita violência, mas não era uma violência que se tornava pública porque era uma violência de escravos e isso sempre foi abafado. Hoje é uma sociedade urbana, extremamente violenta e que só explode em violência privada. Sobre violência pública, não temos muito o que contar. Nesse quesito, o Brasil perde de longe para qualquer outra revolução. A revolução mexicana, por exemplo, foi uma coisa espantosa. Espantou o mundo tudo. No Brasil, não. A cubana também.

Bom, da cubana tem gente com medo até hoje por aqui.
Ah, é (risos). Fidel, que não teve jeito de prosseguir com aquela revolução, está aí. Está envelhecendo à sombra dela. Mas o Brasil é isso. Não dá para lamentar propriamente. Ninguém ama a violência. Mas isso influi muito no caráter, na formação da sociedade. Eu não tenho mais, mas toda casa brasileira tem uma empregada doméstica. A empregada doméstica é um ser em definição. Ela não é pública nem privada. Algum progresso se deu pelo fato de que elas agora pedem carteira assinada. Isso parece nada, mas é muita coisa. Mas, em geral, isso leva a uma situação acomodatícia, uma relação de compadre com a comadre. Isso molda a sociedade em geral.

Está na arquitetura brasileira, o quarto de empregada na lavanderia. Existe algo assim em algum outro país?
Não tenho notícia de nenhum outro lugar. Isso [o quarto de empregada] tem um nome científico: edícula (risos). Temos quarto para empregada, né? É realmente fantástico... Nas sociedades que eu conheço, não é assim. Na Europa pode ter tido um período, mas hoje não existe. Nos Estados Unidos, tão pouco. O Brasil é muito especial. Criou uma forma de convivência, um processo com muita força que se reproduz mesmo nas sociedades urbanas.

O senhor acha que os governantes ficaram com medo de verdade?
Não. Ainda não. Mas deu um susto. Teve. Os jornais repercutiram de forma bastante conservadora, né? Mas deu um susto.

Aí a presidente Dilma Rousseff lançou na sequência aquela ideia de Assembleia Constituinte para a reforma política. O que achou da resposta?
Eu achei idiota. Não gostaria de fazer uma avaliação precipitada do governo Dilma para não dar força à direita que está em cima dela o tempo todo. Mas é uma resposta idiota. Ninguém resolve o problema assim com reforma da Constituição. Ela seria importante para encaminhar os novos conflitos. A Constituição deveria ser o que molda as relações no Brasil. Não é. Ninguém dá bola para a Constituição.
O que teria sido uma resposta adequada?
Seria reconhecer que o país está atravessando uma zona de extrema turbulência devido ao crescimento econômico. Não é que o caráter do povo é violento. Isso é uma bobagem. Não é que uma reforma política vai resolver os problemas da violência pública. Isso é outra bobagem. Ela teria que reconhecer o Brasil está atravessando um período de extrema turbulência porque o crescimento econômico é que cria a turbulência, não é o contrário. Todo mundo pensa que o crescimento apazigua. Não é verdade. O crescimento exalta forças que não existiam, o capitalismo é um sistema econômico violentíssimo. Os EUA, que são o paradigma do capitalismo, são uma sociedade extremamente violenta, tanto pública quanto privada. O Brasil vive uma espécie de adormecimento devido a essa cultura que eu estava comentando. De repente, o tipo de crescimento econômico violento e tenso em pouco tempo quebra todas as amarras, e a violência vai para rua.

Mas a presidente Dilma é criticada pelo baixo crescimento, é criticada porque o país não cresce.
Não é verdade. O país está crescendo de forma violentíssima nos últimos 20 anos. Numa perspectiva mais de longo prazo, desde Fernando Henrique, passando por Lula e agora Dilma. Além de quê é um crescimento econômico diferenciado. Não dá mais para crescer no campo. Agora o crescimento é na cidade. E na cidade gera relações público-privadas diferentes. Se o Estado não tem políticas para tal, é melhor ficar calado do que dizer besteira. Reforma da Constituição. E daí? O que a reforma da Constituição faz? Para o que passou, não tem efeito nenhum.

Parte das manifestações dizem muito respeito às polícias estaduais. O que o senhor acho do papel dos governadores?
Esse [Geraldo] Alckmin é uma coisa... Todo mundo pensa que o crescimento econômico influi na política de forma positiva. Isso é uma ilusão. O Alckmin é bem o representante dessa política. Um ser anódino. Já chamaram ele de picolé de chuchu. O José Simão [inventor do apelido] talvez seja o melhor sociólogo brasileiro. Ele de fato não desperta paixões nem ódio. Em geral é assim. Não tem nenhum governador que inspire empolgação, esperança de que um dia desse casulo nasça uma espécie de borboleta bonita. Nenhum deles. Mesmo o Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, que é um tipo mais educado. Vai para o governo e se amolda. O Alckmin: pelo jeito a população aprova esse estilo anódino, que não diz nada com nada. Isso é ruim, viu? Ruim porque é o Estado mais importante da Federação, o que poderia dar uma chacoalhada nesse sistema. Mas não dá. E tudo muito conformado. E a imprensa tem um papel horroroso: o que for conformismo, ela exalta; o que for rebeldia, ela condena. Daí que o viés conservador no olhar sobre essas manifestações é a tônica. Ninguém vê nisso um processo de libertação da sociedade. Todo mundo quer a passividade. Eu saúdo essas manifestações como uma amostra de que a sociedade pode e deve manifestar-se sempre que as condições de sua existência sejam tão iníquas como são hoje.

Que avaliação o senhor faz do movimento "black bloc"?
Faço uma boa avaliação. Se eles se constituem como novos sujeitos da ação social, é para saudar. Vamos ver se, com a ajuda deles, a gente chacoalha essa sociedade que é conformista. Parece que tudo no Brasil vai bem. Não é verdade. Vai tudo mal. Porque o Estado não age no sentido de antecipar-se à sociedade que está mudando rapidamente. Você tem uma sociedade como a brasileira em que a questão operária tornou-se central. E aí vem o Lula e ele está fazendo um trabalho sujo, que é aquietar aquilo que é revolta. Essa sociedade não aguenta esse tranco.

Trabalho sujo?
Ah, tá. A questão operária tem a capacidade de transformar o Brasil e ele está acomodando. De certa forma, está matando a rebeldia que é intrínseca a esse movimento. Rebeldia não quer dizer violência, sair para a rua para quebrar coisa. Rebeldia é um comportamento crítico.

Onde o senhor vê isso no Lula?
Em tudo. Lula é um conservador, ele nunca quis ser personagem desse movimento [operário]. Ele foi contra a vontade dele. Mas ele, no fundo, é um conservador. Ele age como. Na Presidência, atuou como conservador. Pôs Dilma como uma expressão conservadora. Porque você não vende uma personalidade pública como gerente. Gerente é o antípoda da rebeldia. Ele vendeu a Dilma como gerente. Uma gerentona que sabe administrar. É péssimo. O Brasil não precisa de gerentes. Precisa de políticos que tenham capacidade de expressar essa transformação e dar um passo a frente. Ele empurrou a Dilma goela abaixo. Não se pode nem ter uma avaliação mais séria dela, pois ele não deixa ela governar. Atrapalha ela, se mete, inventa que ele é o interlocutor. Aí não dá. E ela não pode nem reclamar. É uma cria dele, né?

O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos disse que Dilma tem insensibilidade social. Citou problemas com movimentos sociais, indígenas, camponeses, meio ambiente. O senhor concorda?
Eu não diria com essa ênfase. O Boaventura, eu conheço bem, um sociólogo importante. Essa ênfase na questão camponesa... O Brasil não tem camponês. Isso é um equívoco teórico que vem do fato de a gente analisar o desenvolvimento capitalista brasileiro nos moldes europeus. Não é assim. Aqui nunca teve campesinato, nem terá. Porque, basicamente, aqui teve uma propriedade extremamente concentrada do escravismo. Isso se projetou depois numa economia capitalista. O que tem é uma questão urbana grave, pesada, que é preciso resolver. Não tem questão camponesa, isso é uma celebração do passado.

Mas problema indígena tem.
Indígena é um problema. Porque a sociedade só sabe tratar indígena absorvendo e descaracterizando. Para tratar dessa questão é preciso, na verdade, de uma revolução de alto nível. Qual é essa revolução de alto nível? É reconhecer que há um Estado indígena.

Estado indígena?
É. A real solução. Há um Estado indígena. E o Estado capitalista no Brasil não pode tratar essa questão, não sabe tratar essa questão. Ele só sabe tratar indígena atropelando, matando, trazendo para dentro da chamada civilização. Os irmãos Vilas-Boas são os arautos dessa solução. Eles são ótimos, mas a visão deles estava equivocada. A real solução é de uma gravidade que a gente nem pode propor. Trata-se de um Estado indígena. Separa. Separa. E nada de integrar. Deixa. Ajuda até eles a proporem suas próprias... Ninguém tem coragem de dizer isso no Brasil. Então todo mundo quer integrar. Para integrar, você machuca, você mata, você dissolve as formações indígenas. Já a questão camponesa é falsa. O que existe é um assalariado agrícola pesado que sofre os efeitos de um desenvolvimento acelerado. O Estado do Mato Grosso era uma reserva antigamente. Hoje você passa lá e só não tem mato. É grosso, mas sem mato.

E o tema do meio ambiente? Sensibiliza o senhor?
Eu não acredito que o meio ambiente seja uma forma de fazer política. A Marina Silva está aí lançada. Ela não tem nada a dizer sobre o capitalismo? Será? Será que a política ambiental é ruim? Ou é o capitalismo que é ruim? Ela não diz nada disso. Então, para mim a Marina Silva é uma freira trotskista (risos). Cheia de revolução sem botar o pé no chão. Ela juntou com o Eduardo Campos, uma jogada política importante. Mas nenhum deles tem proposta nenhuma. A Marina fica com esse ambientalismo démodé, não diz o que quer. Criticar a política de meio ambiente é fácil. Quero ver ela criticar o sistema capitalista nas formas em que ele está se reproduzindo no Brasil. Aí é botar o dedo na ferida. Mas ambientalismo...

O senhor disse que a política da Dilma é conservadora. O senhor diria que ela é de direita?
Não, não diria. Ela é um personagem difícil, coitada. Ela é uma personagem trágica. Porque ela não pode fazer o que ela se proporia a fazer. Ela tem uma história revolucionária. Mas ela não pode fazer isso porque ela está lá porque Lula a colocou. E Lula não é um revolucionário. Ao contrário, ele é um antirrevolucionário. Ele não quer soluções de transformação, ele quer soluções de apaziguamento. E ela está lá para fazer isso. Ela seria mais para o outro lado. Mas não teria força política para isso. Nem existe força social revolucionária. É preciso a gente combater os nossos próprios mitos. Então Dilma está sendo empurrada para a direita. Pelo Lula. Talvez, se as opções estivessem em suas mãos, Dilma faria uma política mais de esquerda no sentido amplo. Mas ela não foi eleita para isso. Nem tem força social capaz de impor essa mudança. A tragédia brasileira de hoje é que o Brasil precisa de uma revolução social, mas não tem forças revolucionárias. O campesinato não existe. O operariado não é revolucionário, é sócio do êxito capitalista no Brasil. Os principais fundos de pensão são todos eles, entre aspas, de propriedade dos trabalhadores. E todos eles atuam nas grandes empresas capitalistas. A burguesia nunca foi revolucionária. Florestan Fernandes deu xeque-mate quando tratou da revolução burguesa no Brasil. É o melhor livro de Florestan.

O que o senhor espera da eleição do ano que vem?
Mais do mesmo. Com nomes diferentes. Ninguém tem capital político para fazer diferente. Além do que, como dizia Telê Santana, em time que está ganhando não se mexe. Eles estão ganhando. Para fazer o projeto de país e sociedade que eles pensam, eles estão ganhando. Nós estamos perdendo. A esquerda está perdendo. Perdendo suas referências e sua força na sociedade. Então, do ponto de vista deles, eles estão ganhando.

E o que a esquerda pode fazer?
Nada. O Aécio Neves não disse a que veio. E não tem proposta nenhuma, na verdade. A dupla Marina-Campos também não tem proposta nenhuma. O ambientalismo... O que é exatamente? Nem ela diz, nem ela sabe. Ela sabe é ficar nesse floreio, que não resolve coisa nenhuma. A Dilma é o que você está vendo. Ela não faz política porque tem de fazer o projeto do Lula. E o projeto do Lula é isso, é conservador. Então é mais do mesmo. A resultante de tudo será um governo muito parecido com o atual: o pouco de virtude que esse governo tem e a carga de irresoluções que ele reproduz.

O que é o pouco de virtude?
O pouco de virtude é, talvez, dar um pouco mais de atenção à área social. Que eu não gosto, para falar a verdade, porque é um conformar-se em não resolver. O Bolsa Família é uma declaração de fracasso. Não é uma declaração de vitória. Para não morrer de fome, a gente vai dar uma comidinha. Eu não gosto disso. Eu sou socialista há 50 anos. Para mim, a gente tem de mudar. E mudar não é necessariamente por revolução violenta, pois está um pouco fora de moda. Mudar fundo. O Estado brasileiro é detentor das principais empresas capitalistas do país. Não são empresas de fazer favor. A Petrobras não faz favor a ninguém. Agora mesmo que a questão dela está repercutindo muito na imprensa, ela pode dizer "eu não estou aqui para fazer favor". Mas se puder fazer capitalismo e distribuir melhor a renda, essa é a tarefa dela. O Estado brasileiro é muito forte, ao contrário do que se passa na maioria dos países. O Estado nos EUA não é forte. Nem na Europa é mais. Foi [forte] na grande virada social-democrata, mas não é mais. No Brasil ainda é. Portanto é aproveitar isso e fazer uma transformação que vá na direção dos interesses populares. O Bolsa Família não é solução. Ele é uma espécie de conformismo: deixa como está para ver como fica; dá um pouquinho de comida para isso não virar revolta. Eu não gosto desse tipo de política. Acho o Bolsa Família uma política conservadora que atende uma dimensão da miséria popular, mas não tem promessa de transformação.


 #FranciscodeOliveira

Lula telefona a condenados e diz "estamos juntos"

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/lula-telefona-condenados-diz-estamos-juntos-101000716.html

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ontem para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e para o ex-presidente do PT José Genoíno logo após saber da expedição dos mandados de prisão contra os dois. "Estamos juntos", disse Lula aos antigos companheiros. 

O ex-presidente Lula é visto em 30 de outubro de 2013, durante comemoração de 10 anos do programa Bolsa Família. …
Apesar de manifestar solidariedade, Lula acertou com a presidente Dilma Rousseff uma estratégia para não prolongar o desgaste. Em vigor desde o ano passado no Palácio do Planalto, a lei do silêncio sobre os desdobramentos do mensalão será mantida, sob o argumento de que decisão judicial é para ser cumprida. "Nós temos um acordo de não falar sobre esse assunto", disse ontem o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).
Lula passou o feriado em sua chácara, no interior paulista, e foi de lá que ligou para Dirceu e Genoino. Na quinta-feira, ele avisou que não compareceria ao 13° Congresso do PC do B, em São Paulo, pois estaria ali representado por Dilma e por Falcão. A presidente, por sua vez, não mencionou a prisão dos petistas, citada pelo presidente do partido anfitrião, Renato Rabelo.
A partir de agora, Lula, Dilma e o PT farão de tudo para se descolar do mensalão. A frase "quem sou eu para fazer qualquer insinuação ou julgamento da Suprema Corte?" foi a senha dada por Lula, na quinta-feira, para encerrar de vez o assunto.
#Lula, #DilmaRousseff, #JoséDirceu, #JoséGenoíno