sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Prefeitura de SP pagará R$ 15 por dia a usuários de crack por zeladoria de parques

Fonte: https://www.google.com.br/#q=Prefeitura+de+s%C3%A3o+paulo+pagar%C3%A1+R%24+15%2C00+por+dia+para+usu%C3%A1rio+de+crack

A prefeitura de São Paulo irá pagar R$ 15 diariamente a cerca de 400 pessoas, a maioria dependentes químicos, que moram na região da Cracolândia, na Luz, centro da capital paulista. Serão pagos para tomar conta de praças e parques da cidade, além de varrição de ruas. Pela proposta, os trabalhadores terão um turno de quatro horas diárias mais duas horas de participação em um programa de requalificação profissional. O governo municipal ainda não divulgou os custos do programa.
Hoje, cerca de 400 pessoas moram em pouco mais de 160 barracas de madeira e lona montadas sobre as calçadas nas cercanias da estação de trem Júlio Prestes. A maioria das moradias está na Alameda Dino Bueno, onde alguns usuários ainda fazem uso de crack à luz do dia, mesmo com a presença ostensiva da Polícia Militar (PM) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
Nesta semana, agentes municipais realizam o cadastro de todas as pessoas em situação de rua na região. Na próxima, deve começar o encaminhamento dos moradores para hotéis da região central conveniados ou para unidades de saúde para tratamento.
Nos hotéis estarão os participantes do programa de ressocialização. Além da moradia, eles terão direito a vale-transporte e alimentação, entre outros benefícios oferecidos pela Prefeitura. Após o encaminhamento, as barracas devem ser retiradas das ruas da região, garantiu o secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto.
O programa de ressocialização de usuários de crack foi anunciado no começo da semana pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A iniciativa, que visa oferecer ajuda para os trabalhadores obterem moradia e oportunidades de emprego, tem um modelo parecido com o implantado no Canadá e aperfeiçoado na Holanda, país com experiências com moradores de rua, sobretudo dependentes de álcool, e que tem programas semelhantes ampliados para algumas drogas.
A medida é bem vista entre moradores e lideranças da região, que iniciaram o diálogo com a Prefeitura há alguns anos visando a requalificação profissional para os dependentes largarem o vício.
A líder comunitária Rita Rose, chamada de “mãe” por moradores da Cracolândia, tem o marido dependente químico preso há 20 dias por tráfico. Ela disse que, durante a prisão, pedras foram “plantadas” por policiais para enquadrá-lo por tráfico. E acredita que, depois que sair da prisão, o marido terá a oportunidade de voltar ao mercado de trabalho.
— Até agora, o que (os governantes) tentaram foi limpar a área, higienizar, mandar a gente embora daqui sem oferecer oportunidades para sairmos dessa vida. Acredito que todos querem largar o vício.
Além de prisões arbitrárias, um dos principais medos relatados ao GLOBO por moradores da região é o de agressões cometidas por policiais à paisana, que chegam a invadir alguns dos barracos, segundo eles.
- Eles estão assustados com isso. Atitudes como essas de policiais à paisana os deixam ainda mais – disse Rita.



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